O governo federal deve realizar já no próximo ano um novo leilão no qual a energia solar não disputará preços com outras fontes. A sinalização foi dada nesta sexta-feira, 31, pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, após a realização do Leilão de Energia de Reserva (LER). De acordo com o executivo, o governo pretende sinalizar que leilões de energia solar devem ocorrer anualmente, sendo o primeiro já em 2015.
O leilão de hoje surpreendeu positivamente em função do preço médio da energia solar contratada, em R$ 215,12/MWh, com deságio de 17,9% em relação ao preço-teto estabelecido de R$ 262/MWh. Para Tolmasquim, a quantidade de projetos com oferta no leilão indica que há uma grande lista de usinas solares com condições de entrar em futuros leilões.
Tolmasquim também afirmou que o preço da energia solar no leilão de hoje pode ser considerado uma referência para novas propostas. Na visão de Tolmasquim, a tendência para futuros preços é de queda, acompanhada do desenvolvimento da energia solar no país.
Questionado se, após a contratação de 1.048 MW de capacidade instalada de projetos solares, o governo poderia rever a meta de contratar 3.500 MW de capacidade instalada até 2023, Tolmasquim desconversou. "Sempre dissemos que o número de 3.500 MW era conservador e que ele dependeria do mercado", afirmou.
Copel
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) informou que vendeu energia no 6º Leilão de Energia de Reserva 2014 (LER) realizado hoje. Conforme o comunicado, por meio de contratos com prazo de suprimento de 20 anos, foram negociados 71,2 MW médios pelo preço de R$ 144,00/MWh (preço teto do leilão). Ainda segundo a Copel, seus sete parques eólicos possuem, em conjunto, potência de 195,6 MW e garantia física de 71,4 MW médios e serão construídos nos municípios de Pedra Grande e São Bento do Norte, no Rio Grande do Norte.