Depois de fechar em alta pelo terceiro dia seguido, o dólar segue valorizado nesta quarta-feira. Por volta das 11h30, a moeda norte-americana subia 044%, cotada a R$ 2,516 para venda. O mercado segue atento ao reajuste no preço da gasolina e na expectativa das possíveis mudanças econômicas no segundo mandato de Dilma Rousseff.
Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu o aval para a estatal reajustar a gasolina entre 4% e 5% até o fim do mês, segundo fontes. A presidente da petroleira, Graça Foster, contudo, preferiu economizar as palavras e não fazer um anúncio oficial após a longa reunião. “Aumento de gasolina não se anuncia. Pratica-se”, disse ela, que solicitou uma elevação de 8% no combustível. Sem consenso, o número não foi fechado na reunião de ontem e a decisão final deve ficar com a diretoria. A ordem, portanto, foi não divulgar a elevação.
Na véspera, o dólar subiu 0,20%, a R$ 2,5054. Na segunda-feira, a divisa iniciou os negócios operando em queda, mas mudou de direção e fechou cotado a R$ 2,5005, com avanço de 0,88%.
Petrobras em queda
As indefinições econômicas também influenciam o mercado de ações. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda nesta manhã. O Ibovespa subia 0,78%, a 53.959 pontos. Destaque para os papéis da Petrobras, que caem cerca de 2% diante da falta de um anúncio do reajuste no preço dos combustíveis.
As ações do Banco do Brasil também registram forte perda depois que o balanço do terceiro trimestre apontou queda de 1,7% no lucro da instituição. O lucro líquido foi de R$ 2,8 bilhões, ante 2,829 bilhões nos três meses anteriores. Por volta das 10h40, as ações do BB caíam 6%.
Ontem, a Bovespa terminou o dia em alta depois de um pregão instável. O Ibovespa subiu 0,81%, a 54.383 pontos. As perdas da Petrobras foram amenizadas ao final dos negócios, registrando queda de 0,20%. Em meio a vários escândalos, o Conselho de Administração da Petrobras se reuniu na tarde desta terça para definir o reajuste no preço da gasolina.