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Estado de Minas

Secretário-executivo do MME diz que risco de 5% de faltar energia "não significa nada"

O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, disse que, mesmo não havendo possibilidade de o país passar por racionamento nos próximos meses, é importante racionalizar o uso da energia


postado em 06/11/2014 14:47 / atualizado em 06/11/2014 15:18

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em reunião presidida pelo Ministro de Minas e Energia (MME), Edison Lobão, na tarde de quarta-feira, avaliou que as condições de suprimento de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) mantiveram-se estáveis em relação ao mês anterior. Para 2015, o colegiado avaliou que o risco de qualquer déficit de energia nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste atendem ao critério de planejamento estabelecido pelo CNPE e são da ordem de 5% e 0,7%, respectivamente. Diante dessa informação, nesta quinta-feira, o secretário-executivo do MME, Márcio Zimmermann, confirmou que o dado de 5% para a Região Sudeste “não significa nada”. Para ele, não há chance de racionamento no ano que vem.

Ainda na reunião de ontem, o colegiado garantiu que o risco de qualquer déficit de energia em 2014, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste é zero, e que além disso, o sistema elétrico apresenta-se estruturalmente equilibrado, com sobra de cerca de 6.600 MW médios para atender a carga prevista.

Segundo Márcio Zimmermann, só será possível calcular o real risco de falta de energia elétrica no Brasil quando terminar a época de chuvas mais intensas, que começa este mês e só termina em abril do próximo ano. O secretário-executivo do MME disse ainda que a tendência é que os reservatórios voltem a se encher, ainda que este ano tenha chovido menos que o necessário.



"Racionamento é a última alternativa"

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse nesta quinta que, mesmo não havendo possibilidade de o país passar por racionamento nos próximos meses, é importante racionalizar o uso da energia. Chipp explicou que, economizando energia elétrica, o brasileiro criará condições para diminuir o uso da fonte térmica, mais cara que a elétrica. Segundo ele, quando usada, a energia térmica acaba por encarecer também a conta de luz.

"A última coisa que a gente vai decretar é racionamento de energia", afirmou Chipp durante evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine). Ele acrescentou, no entanto, que 2015 continuará a ter tarifas elevadas até que a hidrologia esteja definida.

De acordo com o diretor do ONS, em vez de racionar energia, o mais indicado é baixar o consumo, porque, diminuindo o gasto, reduz-se a necessidade de acionamento das térmicas. "Eu sempre digo: um programa visando à economia e a evitar o desperdício [de energia] é muito bom, independentemente de a chuva estar boa ou não. Outra coisa é racionamento, que é um decreto do governo, quando não há mais recurso nenhum para atender à carga. O negócio é economizar energia proveniente de térmicas", afirmou.

O início do período chuvoso torna ainda mais distante a possibilidade de racionamento. Por isso, a tendência é a situação dos reservatórios melhorar nos próximos meses, acrescentou Chipp. "Há indicações favoráveis de chuva, segundo os meteorologistas."Segundo Chipp, para garantir que não haja racionamento no ano que vem, é necessário que os reservatórios tenham entre 30% e 35% da capacidade. "E, para que isso ocorra, basta que chova 80% da média histórica", acrescentou.

Com Agência Brasil


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