A moeda norte-americana virou e passou a operar em queda na tarde desta sexta-feira. Mais cedo, o dólar se aproximou de R$ 2,60, mas mudou de direção após a divulgação de dados sobre emprego nos Estados Unidos. Segundo dados publicados nesta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho, a taxa de desemprego voltou a cair em outubro nos Estados Unidos, mas a criação de postos de trabalho foi inferior ao esperado e menor do que o resultado de setembro, o que pode aumentar a especulação de que o Federal Reserve, banco central do país, poderia demorar a elevar os juros nos EUA na metade do ano que vem.
A taxa de desemprego caiu 0,1%, a 5,8%, o menor nível desde julho de 2008. A economia criou 214.000 empregos em outubro, um resultado importante, mas os analistas calculavam 235.000. As autoridades revisaram em alta a criação de postos de trabalho nos dois meses anteriores.
Por volta das 12h50, a moeda norte-americana recuava 0,17%, a R$ 2,5563 para a venda.Na véspera, o dólar fechou em alta nesta quinta-feira, pelo quinto pregão seguido. A moeda norte-americana subiu 1,82%, a R$ 2,5607, depois que o Banco Central (BC) divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que surpreendeu os mercados ao elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, a 11,25%. Foi o maior valor desde 20 abril de 2005, quando a divisa fechou cotada a R$ 2,5637, segundo dados do BC. Na semana e no mês, o dólar acumula alta de 3,25%. No ano, há valorização de 8,56%.
Bovespa
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também mudou a direção e passou a operar em alta, depois de abrir os negócios em baixa. Por volta de 12h50, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista avançava 0,44%, a 52.869 pontos. Destaque para as ações da Petrobras, com ganhos de 1%. Mais cedo, os papéis chegaram a recuar 3%, mesmo após o anúncio de reajuste de 3% no preço da gasolina e 5% no diesel.
Na quinta-feira, a Bolsa fechou em baixa, assim como o movimento da véspera. O Ibovespa caiu 1,98%, aos 52.637 pontos. As ações da Petrobras recuavam cerca de 2% por volta do horário de fechamento. Na véspera, a estatal afirmou que ainda não havia nenhuma decisão quanto à data ou percentual do esperado reajuste nos combustíveis. As ações do Banco do Brasil, por sua vez, caíam 4% e estavam entre as maiores baixas do dia. (Com agências)