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Estado de Minas

Mercado vê nova alta de juros ainda em 2014 e PIB menor

Mediana das estimativas para a taxa básica de juros no fim de 2014 passou de 11% para 11,50%. Já a previsão para o crescimento da economia está em 0,2%, ante 0,24. Inflação segue acima do teto


postado em 10/11/2014 09:07 / atualizado em 10/11/2014 08:23

Com a digestão da alta de 0,25 ponto porcentual da Selic há quase 15 dias, para 11,25% ao ano, a mediana das estimativas para a taxa básica de juros no fim de 2014 passou de 11% para 11,50%. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária está marcado para os dias 2 e 3 de dezembro. A informação faz parte do relatório de mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 10 pelo Banco Central.

Com isso, a Selic média deste ano passou de 10,94% para 11,00% ao ano. Há um mês, a taxa fechada para este ano estava em 11,00% na Focus, enquanto a média de 2014 estava em 10,91% ao ano.

Para o ano que vem, a mediana das projeções seguiu em 12,00%, mesmo patamar da semana passada, mas maior do que a taxa de 11 88% projetada pelos participantes da pesquisa para o final de 2015. Apesar dessa manutenção das projeções, a Selic média de 2015 passou de 11,91% para 11,97% ao ano. Quatro semanas atrás estava em 11,69%.


PIB menor

As previsões para Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 voltaram a piorar. Pelo documento, a economia brasileira crescerá 0,2% este ano ante previsão de 0,24% da semana passada e de 0,28% vista um mês atrás.

Os economistas continuam a acreditar em alguma retomada da atividade no ano que vem, mas diminuíram a taxa mediana para o período de 1% para 0,8%. Quatro semanas antes, a estimativa de crescimento para o próximo ano também estava em 1%.

Conforme a pesquisa, o setor manufatureiro terá retração de 2 21% este ano ante previsão de queda de 2,17% esperada na semana passada. Vale lembrar que um mês antes, a expectativa era de uma diminuição da atividade de 2,16%. Para 2015, a previsão é de recuperação do setor, que deve ter expansão de 1,46% - estava em 1,42% no documento anterior e em 1,30% um mês antes.

Os analistas ajustaram suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2014. A Focus de hoje aponta que a mediana da semana passada, de 35,25%, foi alterada para 35,20%. Um mês antes estava em 35 00%. Já o ponto central da pesquisa para a relação em 2015 passou de 35,80% do levantamento para 35,90% agora. Quatro semanas antes, porém, estava em 35,50%.

Inflação


O relatório trouxe revisões para baixo nas projeções para a inflação deste ano, mas o Top 5 revelou uma estimativa bastante elevada para o IPCA 2015, bem acima do teto da meta de 6,50%. De acordo com o documento, a mediana das estimativas para o IPCA de 2014 passou de 6,45% para 6,39%. As mudanças ocorreram depois do anúncio do aumento do preço da gasolina em 3% e da desaceleração do índice oficial de outubro em relação a setembro, que ficou em 0,42%, abaixo do intervalo apurado pelo AE Projeções. Há um mês, a taxa mediana estava em 6,45%. Para 2015, o ponto central da pesquisa se deslocou de 6,32% para 6,40% ante 6,30% visto quatro semanas atrás.

No Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as projeções, a previsão para o IPCA este ano também foi reduzida, de 6,49% na semana passada para 6,34% agora. Um mês antes, estava em 6,51%. Para 2015, esse mesmo grupo elevou drasticamente a mediana das estimativas, que passou de 6,38% para 6,74%. Um mês atrás, a mediana das previsões para o IPCA do ano que vem estava em 6,38%.

Para o curto prazo, a taxa para novembro passou de 0,57% para 0 59%. Já a de dezembro foi alterada de 0,66% para 0,68%. Um mês antes, essas taxas estavam, respectivamente, em 0,60% e 0,67%. O boletim Focus revelou ainda que as projeções para a inflação suavizada 12 meses à frente passou de 6,38%, mesmo patamar visto um mês atrás, para 6,42% de uma semana para outra.


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