Depois de atingir a máxima desde 2005 e passar a barreira dos R$ 2,60 na véspera, o dólar segue em alta nesta sexta-feira. Por volta das 13h, a moeda norte-americana avançava 0,75%, cotada a R$ 2,614 na venda. É o quarto dia seguido de alta. Incertezas sobre o próximo ministro da Fazenda, que substituirá Guido Mantega, e a condução da política econômica no segundo mandato de Dilma Rousseff influenciam na cotação da divisa. Ontem, a moeda norte-americana voltou a fechar no maior valor em nove anos. A moeda americana encerrou o dia vendida a R$ 2,595, com alta de 1,2%. É o nível mais alto desde 18 de abril de 2006, quando a cotação fechou em R$ 2,609.
O Banco Central (BC) informou hoje que fará, na segunda-feira, operações de swap cambial. Essas operações são usadas para suavizar a alta do dólar e oferecer proteção (hedge) cambial às empresas e instituições financeiras. O leilão será para rolagem de contratos com vencimento em 1° de dezembro de 2014. As propostas serão recebidas das 11h30 às 11h40. O resultado será divulgado às 11h50. Serão ofertados 14 mil contratos, com vencimento em 3 de novembro de 2015 e 4 de janeiro de 2016.
Bovespa
O adiamento do balanço da Petrobras do terceiro trimestre pauta a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que opera em queda nesta sexta. Em comunicado na noite de ontem, a estatal alegou necessidade de aprofundar a investigação sobre denúncias de corrupção e fazer possíveis ajustes no documento.
Às 13h, o Ibovespa, principal índice de ações, caía 1,18%, a 51.234 pontos. Após o fato relevante divulgado pela Petrobras, a Bovespa postergou a abertura das ações da empresa. Com cerca de uma hora de atraso, os papéis abriram com forte queda de 5%.
Na véspera, a Bolsa abriu no campo positivo, mas mudou de direção no início da tarde e fechou o dia em baixa. A queda é menor diária desde o dia 29 de outubro, quando a bolsa despencou 2,45%. O Ibovespa caiu 2,14%, a 51.846 pontos.
Os papéis da Petrobras aceleraram as perdas no final do pregão, com investidores cautelosos em relação ao balanço do terceiro trimestre da companhia. Na semana, o índice acumula perda de 2,59%, com três quedas em quatro pregões. No mês de novembro, a bolsa cai 5,09%, e em 2014, sobe 0,66%.
A PricewaterhouseCoopers (PwC) não teria assinado o balanço, como é exigido por Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A PwC audita os da estatal desde 2012.
A companhia agora prevê apresentar os documentos em 12 de dezembro, mesmo sem o aval da PwC. Como o prazo previsto para a divulgação era hoje, a Petrobras ficará sujeita a multa de R$ 500 por dia pelo atraso. No comunicado à CVM, a Petrobras disse que “passa momento único em sua história” devido à Operação Lava a Jato, que investiga esquema de corrupção na empresa. (Com agências)