O Itaú Unibanco informou nesta sexta-feira, que sua estimativa mensal para o PIB, o PIBIU, caiu 0,2% em setembro ante agosto. Na comparação com setembro do ano passado, o índice subiu 0,6%. No acumulado em 12 meses, há alta de 0,6%, a mais baixa desde 2010. Com os dados apurados em seu levantamento, o Itaú Unibanco projeta aumento de 0,2% para o PIB no terceiro trimestre calculado pelo IBGE, em relação ao trimestre anterior.
Do lado da oferta, as maiores contribuições positivas para esse resultado trimestral vêm da indústria (0,8%) e de serviços (0,6%). A contribuição negativa do lado da oferta vem da agropecuária (-2,4%), segundo a pesquisa do Itaú. Do lado da demanda, a projeção para o resultado trimestral se baseia no avanço de gastos do governo (1,7%), Formação Bruta de Capital Fixo (0,7%), Exportação (0,3%) e Importação (0,9%). O consumo contribui negativamente para o resultado (-0,1%).
Com base em seus estudos, o Itaú projeta crescimento da economia de 0,2% em 2014 e 1,1% em 2015. Sobre a atual situação na macroeconomia brasileira, com preços ao consumidor em alta e crescimento em queda, o economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, afirma que medidas de ajuste devem começar a aparecer. Ele diz que a combinação de inflação subindo e renda caindo impacta a popularidade do governo. E, para Goldfajn, a perda de popularidade pode ser vista como um incentivo claro para o governo "evitar caminho da deterioração" ainda mais ampla da economia.