O Índice de Commodities Brasil (IBC-Br) divulgado pelo Banco Central, que busca ser uma espécie de "prévia do PIB" (Produto Interno Bruto), registrou alta de 0,59% no terceiro trimestre de 2014 na comparação com os três meses anteriores. É a maior expansão desde o segundo trimestre de 2013, quando o indicador avançou 1,47%. Na divulgação do mês passado, houve queda de 0,72% no trimestre junho-agosto ante o segundo trimestre.
Com a previsão do BC, a economia brasileira teria saído do quadro de recessão técnica registrada no primeiro e segundo trimestres deste ano. No entanto, de janeiro a setembro o crescimento da "prévia" do PIB foi de apenas 0,01% na comparação com o mesmo período de 2013. Já em setembro, houve expansão de 0,4% ante o mês anterior. Em julho, o crescimento foi 1,5%. Em agosto, houve alta de 0,27%.
No relatório de mercado Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, a economia brasileira crescerá 0,21% este ano ante previsão de 0,2% da semana passada e de 0,27% vista um mês atrás. Os economistas continuam a acreditar em alguma retomada da atividade no ano que vem e mantiveram a taxa mediana em 0,8%. Quatro semanas antes, no entanto, a estimativa de crescimento para o próximo ano estava em 1%.
O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Entre os componentes do indicador estão a Pesquisa Industrial Mensal e a Pesquisa Mensal de Comércio. A projeção do Banco Central para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano é de 0,7%, segundo o último Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado em setembro. Já pelos cálculos do Ministério da Fazenda, a economia brasileira terá expansão de 0,9% em 2014.
O resultado oficial do PIB, que corresponde à soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país, do terceiro trimestre será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 28 de novembro.