O governo elevou o déficit da Previdência Social esse ano de R$ 40,601 bilhões para R$ 49,192 bilhões, de acordo com o relatório do quinto bimestre de avaliação de receitas e despesas do governo, divulgado nesta sexta-feira. A previsão de receitas da Previdência foi reduzida em R$ 500 milhões, enquanto a estimativa das despesas foi ampliada em R$ 8,091 bilhões. O que levou ao aumento de R$ 8,6 bilhões no déficit do INSS. Segundo o Planejamento, a revisão se deve à atualização tanto dos parâmetros macroeconômicos, como dos dados realizados até outubro de 2014.
O rombo desse ano só não será maior porque o governo aumentou em R$ 3,586 bilhões a previsão de repasses do Tesouro para a Previdência para cobrir a renúncia fiscal com a desoneração da folha de salários das empresas. Segundo o relatório, as despesas do Tesouro com a desoneração da folha esse ano será de R$ 14,586 bilhões.
A estimativa de déficit da Previdência, no início do ano, era de R$ 40,1 bilhões e foi contestado na ocasião pelo ministro da Previdência, Garibaldi Alves, que afirmou que déficit ficaria na casa dos R$ 50 bilhões.
Depois de ser pressionado pela área econômica, o ministro voltou atrás na sua estimativa. O mal-estar levou o Ministério da Previdência a suspender as entrevistas mensais para divulgação do resultado do INSS. Agora, no último relatório do ano, o governo aproxima a previsão de déficit para próximo da estimativa do ministério da Previdência. No ano passado, o governo também usou estimativas mais baixas do déficit para sustentar o discurso em torno de um superávit primário maior. O resultado de 2013 foi um déficit de R$ 51,2 bilhões.