O futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta quinta-feira, 27, que a meta de superávit primário de 2015 será de 1,2% do PIB e não será menor que 2% em 2016 e 2017. Lendo o primeiro pronunciamento após ser anunciado para o cargo, Levy disse que o objetivo imediato do Ministério da Fazenda é estabelecer uma meta de superávit primário para os próximos três anos compatível com a estabilização e o declínio da dívida bruta em relação ao PIB e considerando o nível de reservas estáveis.
Transparência
Levy assumiu o compromisso com a transferência e divulgação de dados tempestivamente, principalmente das contas fiscais. Segundo ele, esse compromisso é fator importante para redução da incerteza em relação ao objetivo de resultado do setor público, que sempre é um ingrediente importante para a tomada de risco pelas empresas, trabalhadores e famílias, sobretudo para decisão de investimento em capital físico e humano e compra de equipamento.
O futuro ministro disse que essa confiança é mola "para cada um de nós nos aprimorarmos e o país crescer". Segundo ele, a Fazenda também trabalhará incessantemente para que o Brasil possa ampliar a oferta de bens e produtos com políticas para aumentar a produtividade, acrescentando que a concorrência, o empreendedorismo e a redução de eventuais barreiras também são indispensáveis.
Ele destacou a importância do Congresso Nacional nas outras questões econômicas de envergadura que serão encaminhadas. O novo ministro avaliou ainda que a taxa de poupança tem sido baixa no Brasil. "Não faltando oportunidade de investimento no Brasil, a nossa prioridade tem que ser o aumento dessa taxa de poupança", disse. Levy também destacou, ao início de sua fala, que suceder o ministro mais longevo da história é mais que uma honra, é um privilégio.