Levantamento feito pelo Estado de Minas no site Decolar.com mostra que, a menos de um mês para o fim do ano, o preço das passagens já decolou. A alta demanda do período, associada à proximidade das datas, faz com que os preços estejam nas alturas. Apesar do alto número de voos extras, é preciso caçar as melhores oportunidades e, muitas vezes, trocar as datas da viagem para conseguir preços melhores. Outra saída é trocar o transporte aéreo pelo rodoviário, em caso de distâncias mais curtas.
Viajar no réveillon também pode custar quase três vezes mais que no Natal. No levantamento, todas as passagens são mais caras no réveillon na comparação com o Natal. As maiores variações são para os voos com destino ao Rio de janeiro e Florianópolis. Em ambos os casos, viajar no período da virada de ano é 167% mais caro que na semana anterior. A explicação para o custo mais alto no réveillon novamente está na maior demanda para o período, que leva milhares de pessoas às praias, especialmente ao Rio, onde a principal atração da data é a festa de fogos em Copacabana.
O motorista Anderson Luís França se casa no dia 20, mas, em vez de viajar logo depois da cerimônia, preferiu adiar a lua-de-mel para a primeira semana de janeiro. “Preferi passar o Natal com a família”, afirma. Com isso, conseguiu preços mais atraentes, tanto na compra das passagens quanto na hospedagem no litoral nordestino. Outro fator que contribuiu para aliviar no custo da viagem é que o pacote foi adquirido com mais de 90 dias de antecedência. A orientação das companhias aéreas é, sempre que possível, para aproveitar os preços de três meses antes.
O mesmo se repete com os bilhetes aéreos para o exterior. A passagem rumo a Paris sai por R$ 7.337 no réveillon (incluídos impostos e taxas). Enquanto isso, na baixa temporada, o mesmo trajeto pode ser adquirido por R$ 2.998, ou menos da metade do valor. Para Miami, destino bastante procurado por brasileiros nos últimos anos, a passagem aérea sai por R$ 6.138 no período do réveillon, o que torna o passeio bastante salgado, principalmente se considerada a recente alta do dólar.
Operação reforçada
O ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Moreira Franco, e o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, irão detalhar hoje a operação dos aeroportos brasileiros e o planejamento da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero) para o período de pico de demanda. Os dois irão apresentar os números de reforço de pessoal para atendimento aos passageiros em cada unidade. A estimativa do governo federal é de que 20 milhões de passageiros usem os aeroportos brasileiros no período de maior fluxo, entre dezembro e janeiro.
Até fevereiro, a Azul terá 3,5 mil operações extras, com foco nas regiões Sul e Nordeste. A companhia irá ofertar voos extras para 10 cidades, como Foz do Iguaçu, Natal e Petrolina. Também haverá reforço nas frequências para algumas das principais praias (Florianópolis, Porto Seguro, Recife, Salvador, Fortaleza, Maceió e Cabo Frio). A TAM irá disponibilizar mais de 1,2 mil voos extras entre domésticos e internacionais. Do total, quase 700 são para conectar os principais hubs da empresa. Até fevereiro, a companhia irá manter uma série de ações preventivas para tentar evitar transtornos.
No período, as três maiores companhias irão totalizar 8,7 mil voos extras. A Gol irá ofertar 4 mil novos na alta temporada. Ao todo, serão 9,9 milhões de assentos para os 69 destinos operados pela empresa, sendo 54 nacionais e 15 internacionais. Entre as novidades do período, o início da operação dos voos de Confins e Brasília para Punta Cana, na República Dominicana.