Brasília – Cerca de 20 milhões de passageiros são esperados nos principais 33 aeroportos do país no período de festas neste fim de ano. Esse número representa um aumento de 7% em relação a 2013. O governo, por conta do alto movimento, vai implantar a operação especial a partir de 15 de dezembro até 10 de janeiro. “O mercado de aviação está numa trajetória acima da média do crescimento da economia do país, o que nos obriga a ter muita atenção com a segurança”, afirmou o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco.
Durante o período serão colocados pelas companhias aéreas mais de 8 mil voos extras. Além disso, 326 servidores da secretaria integrarão equipes que vão se revezar no atendimento aos passageiros em 12 dos principais terminais do país. As companhias aéreas também reforçarão equipes em terra e convênios com restaurantes e hotéis para prestar assistência aos passageiros em caso de atraso e cancelamentos de voos.
Assim como os operadores privados dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos, Natal, Brasília, Galeão e Confins, com 5,7% mais funcionários. Os aeroportos concedidos adotarão uma série de medidas, que vão da antecipação de férias de funcionários ao aumento da área disponível para as filas e manutenção preventiva nos pavimentos de pista e pátios.
O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, informou que no período da Copa do Mundo o índice de atrasos ficou em 7% e o objetivo das empresas é manter esse número. “Se não tiver nenhum absurdo meteorológico, estamos nos preparando para ter o menor número de atrasos possível”, disse Sanovicz.
De acordo com o secretário executivo da Secretaria de Aviação Civil, Guilherme Ramalho, “os atrasos estão caindo ano a ano desde 2007, quando começou a operação. Naquela data foram registrados 29% dos voos com atrasos acima de 30 minutos. Em 2012, chegaram a 11%, com uma pequena subida em 2013, para 14%”, afirmou.
Fiscalização
O diretor-geral da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, informou que a agência vai reforçar a fiscalização sobre as empresas e que já existem 22 postos da agência nos aeroportos. A Anac pretende reforçar as informações dos direitos dos passageiros. Pelas normas brasileiras, em atrasos de até uma hora a empresa tem que dar facilidades de comunicação. A partir de duas horas, a empresa terá que conceder alimentação e a partir de quatro horas é preciso dar acomodação, traslado ou hospedagem. Guaranys também afirmou que o aumento das taxas de tarifas de embarque está na pauta das próximas reuniões, mas não soube afirmar se já vigorarão a partir deste mês ou apenas em janeiro.
O plano prevê também ações específicas nos aeroportos de algumas capitais. No Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, cada companhia aérea ganhará mais três posições no balcão de check-in para atender voos charters (fretamentos). Em Brasília, onde a parte central do terminal doméstico de passageiros está em obras, o operador terá um gerador de reserva para evitar transtornos decorrentes de queda no fornecimento de energia elétrica. Já em Viracopos (Campinas), o operador do aeroporto vai reforçar a equipe de atendentes. A ordem para Guarulhos é evitar a troca de portões de embarque, ou seja, valerá o número impresso no bilhete.