Turista bom de compra faz questão de visitar o Mercado Central e a Feira de Artes e Artesanato da Avenida Afonso Pena, dois endereços comerciais que recebem, todos os anos, uma multidão de moradores fora de Belo Horizonte. Muitos vêm de outras cidades da região metropolitana e do interior de Minas, mas outros tantos vêm de fora do estado e de diferentes países.
É o caso do vendedor argentino Carlos Laforte, que mora no Rio de Janeiro e costuma visitar a capital mineira. “Sempre que venho à cidade, vou ao Mercado Central, um lugar maravilhoso.” No último feriado prolongado (8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição), ele experimentou algumas doses de aguardente na Cachaça de Minas.
A quantidade de gente de outras cidades, estados e países que visita a feira na Afonso Pena também é grande. Duas vezes por mês, a auxiliar administrativa Fernanda Clemente, de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, viaja 540 quilômetros para visitar o namorado, Phillipe Tocafundo, que exerce a mesma função e reside na capital mineira. Um dos passeios prediletos do casal é ir à feira.
“Namoramos há sete meses e sempre compro na feira. Gasto, em média, R$ 200 em cada visita. Desta vez, estou levando uma quantia maior, pois estou fazendo compras de Natal. Estou levando bolsas, bijuterias, sandálias e outros acessórios”, conta Fernanda Clemente.
Há feirantes que garantem que a maior clientela é formada por pessoas de fora de BH. Ronaldo Lopes de Freitas e Estela Mares, donos de uma barraca que vende bonecas de pano feitas por eles próprios, estimam que 60% da clientela não mora na cidade. “Estamos na feira há 30 anos e temos clientes do interior de Minas, do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Espírito Santo…”