As exportações brasileiras da segunda semana de dezembro registraram média diária de US$ 824 milhões, o que representa uma queda de 7,8% em relação à média de US$ 893,6 milhões da primeira semana do mês.
Houve retração nas exportações, considerando o critério de média diária, entre os produtos básicos, manufaturados e semimanufaturados, entre a primeira e a segunda semana do mês. Os dados mais recentes da balança comercial do País, considerando números até o dia 14 de dezembro, foram divulgadas na tarde desta segunda-feira, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O MDIC aponta que a queda na média diária de exportação foi mais forte (12,1%) nos produtos básicos, de US$ 419,6 milhões, na primeira semana de dezembro; para US$ 369 milhões, na segunda semana. O movimento foi influenciado, principalmente, por minério de ferro, milho em grão, carne bovina, farelo de soja e minério de cobre.
Nos manufaturados, a queda foi de 8,3%, ou seja, de US$ 335,4 milhões, na primeira semana, para US$ 307,4 milhões, na segunda semana, devido principalmente aos resultados nos segmentos de aviões, autopeças, motores para veículos, máquinas para terraplenagem e suco de laranja não congelado. Nos semimanufaturados, a retração foi de 6% (de US$ 118,4 milhões para US$ 125,5 milhões), em razão de celulose, couros e peles e ferro-ligas.
Nas importações, houve retração de 8,1%, considerando média diária de US$ 814 milhões, na primeira semana de dezembro, ante US$ 748 milhões, na segunda semana. Segundo o MDIC, a diminuição é explicada, principalmente, pela diminuição nos gastos com aparelhos eletroeletrônicos, químicos orgânicos/inorgânicos, farmacêuticos, adubos e fertilizantes e plásticos e obras.
Mês
No mês, a média diária de exportações foi de US$ 858,8 milhões, considerando as duas primeiras semanas de dezembro, o que representa queda de 13,5% em relação aos US$ 992,7 milhões de dezembro do ano passado.
Tal movimento ocorreu em razão da diminuição nas vendas de produtos manufaturados (retração de 24,1%, de US$ 423,4 milhões para US$ 321,4 milhões na média diária), por causa de automóveis de passageiros, motores e geradores, aviões, veículos de carga, motores para veículos, pneumáticos e autopeças.
Nos semimanufaturados, a retração foi de 6,5% (de US$ 130,5 milhões para US$ 122,0 milhões), pelas quedas de ouro em forma semimanufaturada, óleo de soja em bruto, celulose e ferro-ligas. Nos produtos básicos, a retração apurada alcançou 5,9% (de US$ 418,9 milhões para US$ 394,3 milhões) devido, principalmente, ao minério de ferro, farelo de soja e carne bovina.
Quando feita comparação com os resultado de novembro deste ano, a balança comercial de dezembro apresenta crescimento de 9,8%, pelo critério de média diária. Aumentaram em 15,2% as vendas de produtos básicos (de US$ 342,3 milhões para US$ 394,3 milhões); em 7,2%, as de manufaturados (de US$ 299,7 milhões para US$ 321,4 milhões) e em 4,7% as de semimanufaturados (de US$ 116,5 milhões para US$ 122,0 milhões).
Nas importações, a média diária até a segunda semana de dezembro deste ano, de US$ 781 milhões, ficou 9,9% abaixo da média de dezembro do ano passado, de US$ 866,5 milhões. Segundo o MDIC, caíram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (-47,1%), equipamentos mecânicos (-20,3%), adubos e fertilizantes (-5,8%), siderúrgicos (-4,5%) e veículos automóveis e partes (-1,8%).
Em relação a novembro deste ano, houve retração de 13,2%, pelas quedas em combustíveis e lubrificantes (-49,1%), adubos e fertilizantes (-33,7%), siderúrgicos (-11,1%), equipamentos eletroeletrônicos (-10,3%) e equipamentos mecânicos (-6,5%).
Na segunda semana de dezembro de 2014, a balança comercial registrou superávit de US$ 380 milhões, com resultado de exportações no valor de US$ 4,120 bilhões e importações de US$ 3,740 bilhões.