As distribuidoras de energia poderão pedir aumentos maiores nas tarifas do ano que vem, por causa de um déficit previsto de R$ 3 bilhões na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que é um item que compõe os reajustes das contas de luz.
Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, a estimativa é que a CDE chegue a 2015 com um déficit, que deverá ser bancado pelas distribuidoras de energia. O item comporá o cálculo dos reajustes de energia que deverão ocorrer no ano que vem, na data de aniversário do contrato de cada distribuidora.
“O que não for honrado este ano, naturalmente entra como saldo a pagar no ano que vem. Nós fazemos o orçamento no começo do ano, com previsão de receita e despesa. Pode ter um superávit ou déficit. Infelizmente tem sido déficit. No ano passado, um valor passou de 2013 para 2014. É normal passar de um ano para outro”, salintou Rufino. Ano passado, o déficit da CDE foi calculado em R$ 1,69 bilhão.
A CDE é uma conta custeada por todos os consumidores atendidos pelo Sistema Interligado Nacional. Os recursos são usados para promover fontes alternativas, como eólicas, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa e carvão mineral nacional, além da universalização da energia elétrica no país. Desde 2012, a CDE também é utilizada para compensar a redução das tarifas de energia promovida pelo governo federal.