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Estado de Minas

Jovens são os que mais admiram quem compra roupas caras e automóveis de luxo, diz Serasa

27% das pessoas com idade entre 16 e 24 anos também adquirem produtos cujas as marcas são aprovadas por amigos e parentes


postado em 17/12/2014 13:28 / atualizado em 17/12/2014 13:35

A faixa etária que mais admira quem possui bens, como roupas caras e automóveis de luxo, está entre os jovens de 16 a 24 anos, com 36%, segundo dados do Indicador de Educação Financeira (IndEF), elaborado pelo Serasa Consumidor em parceria com o IBOPE Inteligência. Se comparado a outros grupos de brasileiros, os de 25 a 34 anos correspondem a 28%, os de 35 a 44, 34%, os de 45 a 54, 26% e o acima de 55 anos, 25%.

Além disso, 27% dos jovens entre 16 e 24 anos reconhecem ir às compras atrás de marcas aprovadas por amigos e parentes. Se comparado a outras faixas etárias, os grupos de 25 a 34 anos correspondem a 19%, 35 a 44, 18% e 45 a 54, 15%. “Esses números indicam a tendência de que uma boa parte dos jovens ostenta produtos que emprestam glamour e remetem a um padrão social mais elevado”, afirma o superintendente do SerasaConsumidor, Julio Leandro. “Porém, para a grande maioria, na ponta do lápis, essa realidade não cabe no orçamento.”


Ainda segundo a pesquisa, boa parcela dos jovens entre 16 e 24 anos demonstra disposição para o consumo imediato: 36% afirmam satisfação em gastar no ato ao invés de poupar e planejar a compra e 33% optam por parcelar quando não têm dinheiro para adquirir o bem à vista. Além disso, 41% admitem comprar por impulso, sem pensar muito.

O perfil de consumo das pessoas dessa faixa etária, revelado pelo IndEF, pode explicar outras conclusões do estudo: 37% das pessoas entre 16 e 24 anos reconheceram que ao menos uma vez em um período de um ano, notaram que as despesas eram superiores aos rendimentos. “Em alguns casos, o lado emocional comanda a carteira e o abismo das dívidas fica próximo. Tentar manter um padrão de vida que não condiz com o salário é o atalho para a inadimplência”, diz Leandro.

No geral, a nota em educação financeira dos jovens com idades entre 18 e 24 anos mostra que algum esforço no sentido de controlar a vida financeira precisa ser feito. Segundo o IndEF 2014, o grupo de 16 a 17 anos apresentou queda em relação à nota do ano passado: de 5,9 para 5,5. Da mesma forma, os brasileiros com idade entre 18 e 24 também caíram na comparação com 2013: de 5,9 para 5,8. A média geral dos brasileiros foi 6.


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