A geração atual dos jovens, diferentemente de seus pais, tem condições de aprender e aplicar as regras de um bom planejamento financeiro, tendo em vista a estabilidade monetária que o Brasil ganhou depois do Plano Real e o fim da espiral inflacionária vivida nos anos 80 e parte da década de 1990. A primeira dica do consultor financeiro Lucas Radd, da empresa WG Finanças Pessoais, para quem está na faixa etária até 21 anos é evitar o consumo de moda.
De acordo com o consultor financeiro Lucas Radd, a atual geração de jovens pensa no trabalho como prazer e, para isso, quer ter segurança financeira para poder trabalhar nas atividades que os deixam felizes.
“Eles são motivados pela independência financeira. Hoje, pessoas com até 25 anos representam 40% dos nossos clientes”, aponta. No primeiro momento, a poupança atende bem a esse público.
O ideal é que o jovem tenha uma conta separada para a poupança e faça o depósito assim que receber o salário. Os aplicativos de celulares são práticos e cumprem bem o papel de ajudar no controle de gastos.
Não é preciso que o jovem encare a poupança como uma obrigação e imponha amarras nas intenções de consumo. Aceitar e entender a importância de poupar não o impede de ir ao cinema, sair com os amigos ou ir a baladas, garante o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos. As escolhas que o jovem deve fazer serão interessantes quando ele tiver razões para querer menos, tendo noção de que sonhos são alcançáveis, mas limitados.