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Estado de Minas COMPRAS DE NATAL

Comércio de rua não viu tumulto no balcão e surpreendeu com preços mais baixos

Com pouco movimento, lojas optaram por dar descontos na reta final das compras


postado em 25/12/2014 07:00 / atualizado em 25/12/2014 07:41

Cláudia Guerra teve tranquilidade para estacionar o carro na Savassi e pesquisar as ofertas de última hora(foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS -)
Cláudia Guerra teve tranquilidade para estacionar o carro na Savassi e pesquisar as ofertas de última hora (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS -)
A poucas horas da festa de Natal, consumidores foram às ruas, ontem, honrando a fama de deixar tudo para a última hora. Mas, quem esperava as lojas cheias e muito tumulto – comportamento típico observado em 24 de dezembro nos períodos de economia aquecida e renda em crescimento – teve uma surpresa. Encontrou tranquilidade nas lojas, quarteirões com vagas à disposição, atendimento personalizado e, inclusive, preços mais baixos. A compra de última, aos 45 minutos finais do segundo tempo, teve lá suas vantagens no comércio de rua.

As lojas da Região da Savassi, zona nobre de Belo Horizonte, abriram as portas às 9h e boa parte delas estabeleceu horário de funcionamento até 18h. O movimento foi intenso nos últimos dias, mas ontem, ainda pela manhã, havia poucos clientes nas lojas e estacionar não foi problema. “Pela primeira vez, vimos que as pessoas anteciparam suas compras. Pelo menos na nossa loja, as vendas natalinas já começaram no dia 10 dezembro. Os consumidores vieram com listas e, percebemos, que a maioria estava consciente”, afirmou a dona da loja Frida, Susanne Polke.

Com a antecipação das compras, até mesmo as trocas de produtos ocorreram antes mesmo da ceia. “Há muitos estrangeiros e pessoas de outros estados na cidade, então, devem ter presenteado pessoas que já vieram trocar seus presentes”, comenta Susanne. Segundo ela, neste ano, entre a sua clientela ninguém comprou por impulso e nem tumulto nos dias mais movimentados. “Ao mesmo tempo, foi um período muito bom para as nossas vendas. Tanto é que esperávamos um crescimento de 30% e, na terça-feira já tínhamos chegado a um crescimento de 41%”, disse.

 

A cuidadora Maria Edna Teixeira saiu cedo de casa, em Betim, na Grande BH, para comprar os últimos presentes antes da celebração do Natal com a família. “Não tive tempo de fazer isso antes e hoje (ontem) me surpreendi com o pouco movimento das lojas. Em duas horas, fui ao Barreiro, fui a vários pontos de venda na Savassi e estou voltando para casa”, contou. Satisfeita com os presentes, ela ressaltou que o melhor da compra de última hora foi ter encontrado o que queria a preços menores. “As bonecas que darei às minhas filhas estão 10% mais baratas do que no início da semana”, comemorou.

A fisioterapeuta Cláudia Iannotta Guerra e o médico Francisco Guerra, que, ontem , junto com a filha Luíza, de 12 anos, foram à Savassi fazer compras consideraram, também, o dia vantajoso no comércio. Segundo eles, por volta das 10h encontraram além da tranquilidade nas lojas, um atendimento personalizado. “Esperávamos que houvesse mais clientes comprando, mas o baixo movimento nos surpreendeu. No início da semana, chegamos a ir ao shopping e estava lotado. Enfrentamos filas para pagar e também para sair do estacionamento. Hoje (ontem) está até fácil estacionar nas ruas, o único problema é o desconforto de comprar o que restou”, enfatizou Francisco.

TRADIÇÂO Deixar as compras natalinas para a última hora já tornou-se um hábito para o diretor de fotografia Marko Costa e a publicitária Carla Hassan. “Todo ano é assim, mas não temos problema com isso. Faltou tempo para comprar com antecedência e, desta vez, as lojas estão mais tranquilas. Valeu a pena esperar”, afirmou Marko, que levava presentes para parentes. “Decidimos, também, de última hora, onde será a ceia”, contou.


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