(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CONEXÕES FRUSTRAM USUÁRIOS

Operadoras descumprem sistematicamente meta de acessos à internet

Sonho de consumo, os smartphones esbarram em infraestrutura deficiente. Situação é pior no interior


postado em 28/12/2014 07:00 / atualizado em 28/12/2014 08:40

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
Smartphones se tornaramo sonho de consumo de milhões de brasileiros. Além das funções de telefone, o aparelho permite ao usuário fazer fotos e as compartilhar, acessar redes sociais e e-mails, ouvir músicas em emissoras de rádio de todo o mundo e realizar uma série de atividades usando a internet. A explosão de vendas, no entanto, não é acompanhada das adequações necessárias na infraestrutura que suporta os milhões de bytes lançados na rede de lá pra cá pelos quatro cantos do país. O resultado é um serviço muitas vezes capenga, principalmente em cidades pequenas do interior, onde o número menor de usuários faz com que a qualidade do serviço deixe a desejar.


Levantamento detalhado feito pelo Estado de Minas com base nos demonstrativos de qualidade do serviço apurados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostra que as operadoras de telefonia desrespeitam sistematicamente os parâmetros impostos pelo órgão oficial. A agência reguladora disponibiliza, por enquanto, a taxa de referência dos serviços móveis de janeiro a agosto. São avaliados mensalmente quatro critérios: taxas de conexão de voz e de dados, de desconexão de chamada de voz e de queda de conexão de dados. O EM se ateve à taxa de conexão de dados.
Pelas regras em vigência, o usuário precisa conseguir acessar a internet do aparelho móvel pelo menos 98 vezes em 100 tentativas. O EM definiu, então, três categorias para verificar a eficiência das operadoras ao longo do ano. O descumprimento da meta mínima em um ou dois meses – e mesmo o cumprimento da taxa – coloca a operadora na melhor posição (verde). Caso a empresa tenha desrespeitado o indicador em três, quatro ou cinco meses, a classificação é regular (amarela) e a repetição da falha em seis, sete ou oito meses significa classificação crítica (vermelha). Foi feita, assim, a verificação da taxa obtida pelas operadoras em todos os municípios do estado onde elas ofertam o serviço de internet móvel.


O resultado mostra que a TIM é a empresa que por mais vezes se enquadra na categoria vermelha. Dos 370 atendimentos feitos pela empresa, em 308, ou seja 83,24% do total, a meta de conexão foi descumprida em pelo menos seis dos oito meses apurados. A CTBC, operadora no Triângulo Mineiro, é enquadrada no nível crítico na maioria do ano em 76,31% das cidades onde presta o serviço. A Oi atende 488 cidades mineiras, sendo que em 242 (49,59%) a classificação a que a reportagem chegou foi o vermelho. No caso da Claro, 205 (40%) das 512 estão na pior categoria. A Vivo é a que menos descumpre as regras. Pela classificação, em 19,73% dos municípios ela descumpriu a taxa referencial em mais de seis meses.


Considerando-se a média no estado, TIM, CTBC e Oi não cumpriram a taxa de referência da agência reguladora em nenhum dos oito primeiros meses do ano. Claro e Vivo não cumpriram a regra em três e dois meses, respectivamente. Um dos argumentos das empresas para a baixa qualidade é que o levantamento considera tanto a tecnologia 2G quanto a 3G. A primeira é menos usada na transmissão de dados. Diante disso, o reforço na rede 3G poderia ser uma medida mais interessante que o investimento no 4G. Isso porque as operadoras priorizam a destinação de recursos a duas bandas, o que pode significar dois sistemas falhos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)