Viajar pelo mundo seria o primeiro desejo que o bancário Leonardo Nascimento, de 33 anos, o gerente bancário Hélcio Mendes, de 45, e o estudante João Roberto Mesquita, de 29, tratariam de realizar se fossem contemplados com a bolada estimada em R$ 240 milhões da Mega-Sena da Virada. A loteria especial mais popular da Caixa Econômica Federal será sorteada às 20h de amanhã, em Brasília. A instituição não informou o número de apostas já feitas. O valor mínimo é de R$ 2,50. Para milionários de última hora, a pretensão de conhecer vários países poderia ser considerada até modesta, desde que o felizardo não caia nas armadilhas que fatalmente vão aparecer na disputa por alguns dos milhares de reais novinhos em folha, como alertam economistas experimentados na arte de preservar o dinheiro dos clientes.
Se todo o prêmio estimado for aplicado em títulos do Tesouro Nacional corrigidos pela inflação, o sortudo terá R$ 992 mil em rendimento mensal para toda a vida, já descontado o imposto, calcula Arnaldo Curvelo, diretor de recursos de terceiros da corretora Ativa Investimentos. A fortuna, contudo, tem de ser bem cuidada. Que o diga o personagem Tino, o ex-personal trainer Faustino Rodrigues Coelho, interpretado pelo ator Leandro Hassum na comédia Até que a sorte nos separe. Por um prêmio muito menor, de R$ 100 milhões, também ganho numa Mega-Sena, Tino e a mulher, Jane (Danielle Winits), adotam estilo de vida nababesca, sem preocupação de preservar tamanho capital até que as dívidas sepultam o pouco patrimônio que restou. Para evitar que o brasileiro ou os brasileiros comuns prestes a receber a visita da sorte cometam o mesmo erro, Arnaldo Curvelo sugere aplicações em títulos do Tesouro Nacional atrelados à inflação, em moeda estrangeira e a compra de imóveis, se for o caso, adquiridos somente com os rendimentos da bufunfa.
Se todo o prêmio estimado for aplicado em títulos do Tesouro Nacional corrigidos pela inflação, o sortudo terá R$ 992 mil em rendimento mensal para toda a vida, já descontado o imposto, calcula Arnaldo Curvelo, diretor de recursos de terceiros da corretora Ativa Investimentos. A fortuna, contudo, tem de ser bem cuidada. Que o diga o personagem Tino, o ex-personal trainer Faustino Rodrigues Coelho, interpretado pelo ator Leandro Hassum na comédia Até que a sorte nos separe. Por um prêmio muito menor, de R$ 100 milhões, também ganho numa Mega-Sena, Tino e a mulher, Jane (Danielle Winits), adotam estilo de vida nababesca, sem preocupação de preservar tamanho capital até que as dívidas sepultam o pouco patrimônio que restou. Para evitar que o brasileiro ou os brasileiros comuns prestes a receber a visita da sorte cometam o mesmo erro, Arnaldo Curvelo sugere aplicações em títulos do Tesouro Nacional atrelados à inflação, em moeda estrangeira e a compra de imóveis, se for o caso, adquiridos somente com os rendimentos da bufunfa.
[Confira o que os belorizontinos fariam se ganhassem na Mega-Sena]
Com as taxas de juros reais, quer dizer, acima da inflação, entre 6% e 6,3% ao ano, para que ter mais de R$ 1 milhão por mês para gastar? O especialista recomenda como opção para o milionário manter uma “poupança forte”, destinar ao redor de R$ 72 milhões (uma parcela de 30% a 40% do prêmio) a investimento em dólares e euro, meio a meio. Na atual cotação da moeda norte-americana, ele terá nessa modalidade de US$ 25 milhões a US$ 26 milhões resguardados para atender demandas das futuras gerações da família, certamente adequadas a um mundo globalizado, incluindo, por exemplo, os estudos no exterior de filhos e netos. Vale a pena abrir uma conta fora do Brasil, seja em agência de banco brasileiro ou estrangeiro, para gerir melhor a grana. Mais que isso, a principal recomendação de Curvelo é fugir das propostas de todos os Bill Gates que vão aparecer na família para propor investimentos certeiros.
“No primeiro momento, o ideal é procurar ajuda de profissionais até mesmo para se blindar um pouco de cunhados e primos empreendedores e de todo mundo que vai aparecer para morder um pedaço da sua mudança de vida”, afirma o especialista. Isso não quer dizer que o milionário sortudo não deva satisfazer desejos represados dele e da família. O melhor, na avaliação de Curvelo, é não alterar o padrão de vida de forma drástica, limitando sempre os gastos aos rendimentos, inclusive em caso de compra de carro e imóveis, para preservar o capital principal. Numa etapa posterior, vale a pena estudar aplicações de risco, a exemplo, do mercado de ações. Os títulos públicos atrelados à inflação são boa alternativa como investimentos em curto prazo, questão de meses, e longos períodos, por exemplo, até 2050.
SEM SÓCIOS
O bancário Leonardo Nascimento afirma categoricamente: “Não seria sócio de ninguém. Com uma grana dessa a gente não precisa de sócio. Vou precisar de pessoas capacitadas para gerenciar qualquer tipo de negócio que eu possa vir a investir, mas sócio, não”. Leonardo ressalta ainda que além de realizar o sonho de viajar o mundo, ele gastaria apenas o valor obtido com os rendimentos da aplicação da bolada. E, para os aproveitadores de plantão que quisessem tirar algum proveito, pedindo dinheiro emprestado, afirma que analisaria a situação, para verificar todos os fatores de risco e, se concordasse em fazer o empréstimo, cobraria as mesmas taxas de juros do mercado. “Não dá para ajudar todo mundo, assim o dinheiro pode acabar rápido. Depois, com os rendimentos compraria uma casa na montanha e fundaria um ONG para ajudar pessoas em situação de risco”, completa.
Hélcio Mendes afirma que o primeiro investimento a ser feito depois da viagem pelo mundo, seria a aquisição de imóveis na capital mineira, além de uma casa no litoral do Nordeste, onde passaria a morar. “Faria investimentos de baixo risco e não gastaria mais do que os rendimentos mensais da aplicação. A princípio, ajudaria alguns familiares, mas, é claro, impondo limites”, afirma ele, que fez um jogo individual e também entrou no bolão na empresa em que trabalha pagando R$ 20. Já o estudante João Roberto afirma que depois de viajar o mundo, compraria uma casa no campo. “Não tenho ideia de como investir o dinheiro. Acho que vou precisar de um tempo para pensar. A única certeza que tenho é que não seria sócio de ninguém”, diz.
“No primeiro momento, o ideal é procurar ajuda de profissionais até mesmo para se blindar um pouco de cunhados e primos empreendedores e de todo mundo que vai aparecer para morder um pedaço da sua mudança de vida”, afirma o especialista. Isso não quer dizer que o milionário sortudo não deva satisfazer desejos represados dele e da família. O melhor, na avaliação de Curvelo, é não alterar o padrão de vida de forma drástica, limitando sempre os gastos aos rendimentos, inclusive em caso de compra de carro e imóveis, para preservar o capital principal. Numa etapa posterior, vale a pena estudar aplicações de risco, a exemplo, do mercado de ações. Os títulos públicos atrelados à inflação são boa alternativa como investimentos em curto prazo, questão de meses, e longos períodos, por exemplo, até 2050.
SEM SÓCIOS
O bancário Leonardo Nascimento afirma categoricamente: “Não seria sócio de ninguém. Com uma grana dessa a gente não precisa de sócio. Vou precisar de pessoas capacitadas para gerenciar qualquer tipo de negócio que eu possa vir a investir, mas sócio, não”. Leonardo ressalta ainda que além de realizar o sonho de viajar o mundo, ele gastaria apenas o valor obtido com os rendimentos da aplicação da bolada. E, para os aproveitadores de plantão que quisessem tirar algum proveito, pedindo dinheiro emprestado, afirma que analisaria a situação, para verificar todos os fatores de risco e, se concordasse em fazer o empréstimo, cobraria as mesmas taxas de juros do mercado. “Não dá para ajudar todo mundo, assim o dinheiro pode acabar rápido. Depois, com os rendimentos compraria uma casa na montanha e fundaria um ONG para ajudar pessoas em situação de risco”, completa.
Hélcio Mendes afirma que o primeiro investimento a ser feito depois da viagem pelo mundo, seria a aquisição de imóveis na capital mineira, além de uma casa no litoral do Nordeste, onde passaria a morar. “Faria investimentos de baixo risco e não gastaria mais do que os rendimentos mensais da aplicação. A princípio, ajudaria alguns familiares, mas, é claro, impondo limites”, afirma ele, que fez um jogo individual e também entrou no bolão na empresa em que trabalha pagando R$ 20. Já o estudante João Roberto afirma que depois de viajar o mundo, compraria uma casa no campo. “Não tenho ideia de como investir o dinheiro. Acho que vou precisar de um tempo para pensar. A única certeza que tenho é que não seria sócio de ninguém”, diz.