O novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, sinalizou nesta sexta-feira que, daqui para frente o salário mínimo deverá ser corrigido pela inflação. “Continuará o aumento real do salário mínimo”, afirmou. De acordo com o ministro, a proposta será enviada ao Congresso Nacional no momento oportuno. A política de reajuste que vale até este ano é a da soma do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior.
Inflação
Barbosa evitou fazer projeções sobre o aumento do custo de vida do brasileiro. Ele destacou que uma de suas prioridades colaborar com o governo para o controle da inflação. “A equipe econômica partilha do objetivo de trazer a inflação para o centro da meta no prazo adequado, segundo o ministro Tombini, até o final de 2016. Nos vamos dar nossa contribuição para isso.
Sem orçamento
O ministro reconheceu que o fato de o Orçamento de 2015 não ter sido aprovado pelo Congresso Nacional “atrapalha um pouco”. “Mas é a prerrogativa do Congresso. A previsão para esse tipo de eventualidade, com a aprovação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), a gente pode trabalhar com duodécimos e nós vamos trabalhar dentro das autorizações até que o Congresso aprove o Orçamento”, afirmou.
Funcionalismo
Em relação aos servidores, Barbosa destacou que pretende adotar uma política de valorização do pessoal, dentro das limitações orçamentárias. “Vamos tratar desse assunto no momento certo. Isso está na agenda do governo, especialmente desse ministério de tratar da nova política de ajuste dos servidores. O acordo atual vale até este ano. Então esse ano o reajuste já esta definido. Nós vamos discutir com sindicatos e servidores qual vai ser a politica dos próximos anos”, afirmou.
Participaram da cerimônia vários ministros da nova equipe de Dilma: Joaquim Levy (Fazenda), Arthur Chioro (Saúde),Armando Monteiro (Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior), Teresa Campelo (Desenvolvimento Social) Valdir Simão (Corregedoria Geral da União), Alexandre Tombini (Banco Central), Elder Barbalho (Pesca) e a senadora Gleisi Hoffmann, ex-ministra da Casa Civil.
Choro de Miriam
Em seu discurso de despedida do Planejamento, Miriam Belchior, tentou destacar os feitos da pasta em relação às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), afirmou que tem certeza de que Barbosa será capaz de identificar as iniciativas que merecem continuidade. De forma emocionada, com voz embarcada, agradeceu a oportunidade dada pela presidente Dilma para assumir a pasta e a dedicacao dos funcionários e destacou a responsabilidade de assumir um cargo ocupado antes por Celso Furtado. “Tenho certeza que é uma enorme responsabilidade e um estimulo para você como foi para mim na busca de um país melhor para todos”, disse Miriam e logo após derrubou algumas lágrimas de emoção.