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Estado de Minas

Não há justificativa para ação do governo em demissões de montadoras, diz ministro do MDIC

Monteiro Neto disse que o governo acompanhará a questão com atenção, mas ressaltou que é um assunto que as empresas estão tratando com os sindicatos.


postado em 07/01/2015 18:49 / atualizado em 07/01/2015 19:17

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, afirmou nesta quarta-feira, que as informações sobre demissões no setor automotivo ainda são uma questão "extremamente limitada" e que não há problema sistêmico, que justifique ação direta do governo.


"Temos entre 130 e 140 mil trabalhadores no setor automotivo e essas demissões evidentemente representam ainda algo que nós podemos considerar como uma questão ainda extremamente limitada", afirmou. A Volkswagen confirmou a demissão de 800 funcionários e a Mercedes-Benz informou hoje o desligamento de 260 funcionários.

Monteiro Neto disse que o governo acompanhará a questão com atenção, mas ressaltou que é um assunto que as empresas estão tratando com os sindicatos. "O que constatei é que há disposição de flexibilizar a posição da empresa no sentido de encontrar um denominador", disse, em referência à Volkswagen.

"Quanto à demissão na Mercedes-Benz, é um ajuste ainda muito pequeno e pouco expressivo", completou. "Portanto, de forma objetiva, vamos ficar acompanhando desdobramentos, mas não há nada que justifique intervenção do governo", reforçou.

'Aposta firme'

Monteiro Neto disse também que o Brasil precisa apostar em exportações ou terá financiamento externo "constrangedor". A fala dele ocorreu em entrevista coletiva após a cerimônia de posse, realizada nesta quarta-feira. Ele listou algumas dificuldades da economia brasileira que precisam ser vencidas, como o déficit externo e o saldo negativo da balança comercial. Para ele, uma "aposta firme" nas exportações pode ajudar a reverter esse quadro.

"Temos problema de desequilíbrio das contas externas, um déficit externo que se aproxima de 4% do PIB, e nesse momento temos déficit na balança comercial", disse. "O comércio exterior é uma proposta irrecusável", afirmou. Monteiro ainda explicou que significa a agenda de competitividade, citada em seu discurso. "Houve um tempo que o Brasil pode se dar ao luxo de postergar o enfrentamento dessa agenda, mas agora vivemos outro cenário", observou.

Ele ponderou ainda que o câmbio, atualmente ao redor de R$ 2,70, oferece condições melhores aos exportadores do que há um ano. Monteiro também avaliou que a recuperação da economia norte-americana oferece oportunidades para o Brasil.


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