A inflação percebida pelas famílias de baixa renda registrou alta de 0,7% em dezembro, ante alta de 0,56% em novembro, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) divulgado nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre um e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o IPC-C1 acumulou alta de 6,29% em 2014.
Os gastos com alimentação e transportes pesaram mais no orçamento das famílias de baixa renda. Seis das oito classes de despesa que integram o IPC-C1 registraram taxas mais altas em relação ao mês anterior. O ritmo de aumento de preços acelerou em Alimentação (de 0,76% em novembro para 1,05% em dezembro), Transportes (de 0,08% para 0,72%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,22% para 0,40%), Vestuário (de 0,41% para 0,59%), Comunicação (de 0,27% para 0,56%) e Despesas Diversas (de 0,20% para 0,24%).
Os destaques foram os itens arroz e feijão (de -0,82% em novembro para 3,26% em dezembro), tarifa de ônibus urbano (de -0,48% para 0,59%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,19% para 0,36%), roupas (de 0,22% para 0,81%), tarifa de telefone móvel (de 0,59% para 1,28%) e clínica veterinária (de 0,04% para 2,30%).
Houve desaceleração nos aumentos das despesas com Habitação (de 0,76% para 0,55%) e Educação, Leitura e Recreação (de 1,00% para 0,43%), sob influência dos itens tarifa de eletricidade residencial (de 2,81% para 1,14%) e hotel (de 1,74% para -0,99%).
O IPC-C1 registrou alta de 0,70% no mês passado, resultado inferior à inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos. O Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Br) mostrou alta de 0,75% em dezembro. Ambos são calculados pela FGV. No ano de 2014, o IPC-C1 ficou em 6,29%, patamar também menor que o do IPC-BR, que avançou 6,87% em igual período.