O petróleo fechou com pequena baixa nesta terça-feira em Nova York, em seu menor patamar desde 2009. O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em fevereiro caiu 18 centavos, a 45,89 dólares no New York Mercantile Exchange (Nymex), seu nível de fechamento mais baixo desde 11 de março de 2009.
O WTI conseguiu reduzir suas perdas durante a sessão, iniciada com uma cotação abaixo dos 45 dólares o barril. Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte para entrega em fevereiro fechou a 46,59 dólares no Intercontinental Exchange (ICE), em uma queda de 84 centavos.
Os investidores estão preocupados com a queda ininterrupta dos preços do petróleo e com os indícios de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo não alterará seu teto de produção. Nesta terça-feira, o ministro de Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail Mazroui, disse que a Opep já não pode mais "defender" os preços do petróleo.
"Não podemos continuar protegendo um determinado nível de preços", declarou Mazrui, ao se referir à Opep, durante um fórum sobre a indústria petroleira em Abu Dabi. "Temos vivido uma superprodução, oriunda sobretudo do petróleo de xisto, e isso deve ser corrigido", afirmou.
O ministro do Petróleo kuwaitiano, Ali al Omair, atribuiu a queda dos preços do petróleo a uma superprodução em torno de 1,8 milhão de barris por dia, o que se soma a uma desaceleração da economia mundial. O ministro do Kuwait descartou uma reunião de urgência da Opep para contemplar uma redução de sua produção de 30 milhões de barris por dia (mbd).
"Nos Estados Unidos, os últimos dados indicam que a produção permanecerá em níveis quase recordes em 2015 e aumentará em 2016", argumentou Kilduff. A agência americana de informação sobre Energia (EIA) mantém sua previsão de produção dos Estados Unidos a 9,3 mbd em 2015 e prevê um aumento da oferta no ano seguinte, a 9,5 mbd. Se a previsão for confirmada, esse seria o nível de produção anual mais alto da história dos Estados Unidos depois do ano de 1970", quando se extraía 9,6 mbd.