Com as novas taxas de juros dos financiamentos imobiliários da Caixa Econômica Federal, a expectativa de crescimento em vendas do setor para Minas Gerais, que é de 2% a 4% para 2015, já deve ser revista pela Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/MG)/ Secovi-MG. Segundo o diretor da entidade, Frederico Papatela Padovani, os juros maiores vão impactar negativamente no mercado, que já não vive uma boa fase desde 2012, quando diminuiu o ritmo de crescimento. “Acho que vamos fechar o ano próximo de zero no crescimento de vendas. Podemos superar nos valores comercializados, uma vez que os imóveis não estão caindo de preço, mas, em número de unidades comercializadas, devemos continuar no mesmo patamar de 2014”, afirma.
A servidora pública Edméia Silva, de 54 anos, já teve o financiamento de um apartamento no valor de R$ 160 mil aprovado pela Caixa Econômica Federal, mas ainda não assinou o contrato do financiamento. Ela conta que tem reservado 20% do valor do imóvel para dar de entrada e financiará o restante em 319 meses. As parcelas, que já haviam sido calculadas com juros de 8%, sairiam a R$ 1,3 mil. “Me informaram que se eu assinar o contrato até o fim deste mês, os valores permanecem com as taxas antigas. Eu espero conseguir firmar o contrato no prazo ou terei que repensar e recalcular para saber se a parcela vai caber no bolso. Pode ser que fique inviável”, disse preocupada.