O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Pepe Vargas, assegurou que "não há risco de apagão" e que a interrupção ocorrida nesta segunda-feira, que deixaram dez Estados e o Distrito Federal sem luz, foi causada por "falhas técnicas", segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). De acordo com o ministro, a presidente Dilma Rousseff cobrou "explicações dos motivos da falha técnica" de todos os setores envolvidos com a prestação do serviço. O ministro avisou ainda que "mais do que explicações e justificativas, a presidenta quer medidas para que isso não ocorra mais".
Pepe Vargas falou das preocupações da presidente Dilma com o apagão e assegurou que "o importante é que não temos o risco de apagões por conta de falta de geração e falta de distribuição, como aconteceu no passado". Depois de reiterar que "o risco de apagão não está presente no País", o ministro das Relações Institucionais salientou que não há esta hipótese "mesmo com a severa estiagem prolongadíssima, preocupante que gera risco ao abastecimento hídrico para a população em algumas regiões do País". O ministro comentou ainda que, para a presidente, o ideal é que não aconteçam sequer falhas técnicas no sistema. As declarações do ministro da SRI foram dadas em café da manhã para os jornalistas no Planalto.
Apesar de o ministro falar em "falhas técnicas" que teriam levado ao apagão de ontem, as informações sobre as causas do problema foram divergentes, segundo o Estadão apurou. O ONS disse que uma das causas do problema foi pico de consumo. Mas o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM), informou que o problema ocorreu por falha em uma linha de transmissão de Furnas. Nesta manhã, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que uma queda na frequência do sistema elétrico desarmou as usinas e que o ONS imediatamente mandou as distribuidoras cortarem a carga para restabelecer a frequência.