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Estado de Minas

Hotéis cobram ação da prefeitura de BH para incrementar turismo de negócio na cidade

À espera de boa ocupação no carnaval, setor exige mais investimentos. Taxa de ocupação atual está entre 20% e 25%, quando o ideal seria entre 40% e 45%


postado em 29/01/2015 06:00 / atualizado em 29/01/2015 09:19

Thaísa Lima, do Promenade, diz que expectativa de incentivo para atrair turistas para a cidade não foi correspondida(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Thaísa Lima, do Promenade, diz que expectativa de incentivo para atrair turistas para a cidade não foi correspondida (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

Apesar de esperar uma taxa de ocupação de 75% para o carnaval, o setor hoteleiro está cobrando da Prefeitura de Belo Horizonte mais investimentos para incrementar o turismo de negócios na cidade e garantir uma maior ocupação das unidades da rede hoteleira da capital. Segundo o presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Minas Gerais (Fhoremg), Paulo César Pedrosa, a taxa de ocupação média dos hotéis de BH hoje está entre 20% e 25%, quando o ideal seria entre 40% e 45%. A entidade, que prevê redução no número de empreendimentos, responsabiliza o governo por descumprir as promessas de ampliar o Centro de Exposição de Minas Gerais (Expominas), que deveria ser concluído em 2013, e de construir o centro de convenções da cidade, na Avenida Cristiano Machado, previsto para 2011.

Em 2010, a prefeitura incentivou a construção de novos hotéis em BH e, com isso, 34 empreendimentos foram abertos na cidade visando a Copa do Mundo e o potencial turístico do município. Com a expansão, a oferta de leitos saiu de 14 mil para 32 mil. “A promessa era de que haveria incentivos para atrair os turistas, principalmente da área de negócios. Na Copa, os hotéis só conseguiram ocupação de 100% em dias de jogos”, reclama Pedrosa. Segundo ele, hoje, BH tem uma das diárias mais baixas do país, em média, de R$ 150.

Ele reclama que, para este ano, a cidade não tem um grande evento agendado e o carnaval dará um fôlego curto, não sendo suficiente para os empresários do ramo. Em 31 de outubro do ano passado, o Liberty Palace Hotel recebeu o seu último hóspede, depois de 15 anos no mercado. “Reduzimos nossa taxa de ocupação, que era de 70% a 75%. A prefeitura permitiu muitas construções e a oferta de leitos na cidade aumentou mais do que o dobro. E isso é matemática. Ficou inviável manter o hotel”, comenta a ex-gerente comercial do Liberty, Cristiana Gonçalves. O prédio que abrigava o Liberty será de salas comerciais.

Com promoção especial, o Hotel Promenade, na Savassi, tem quatro estrelas e, hoje, oferece aos hóspede diárias de R$ 214 para duas pessoas com café da manhã. Sem a tarifa especial, o valor cobrado seria de R$ 794. O empreendimento foi inaugurado em junho. “A expectativa era de mais incentivo ao turismo na cidade, mas não houve até agora. Estamos com uma ocupação de 30% a 40%, sendo que a expectativa era de 75%”, revela a coordenadora de vendas, Thaísa Lima.

Sem crise

“BH tinha uma concentração de hotéis nas regiões do Centro e Savassi, eram poucos quartos e diárias altas. Houve um rearranjo e o município ficou mais competitivo”, diz a diretora de promoção turística da Belotur, Stella de Moura. Ela afirma que os hotéis, hoje, estão com ocupação de 50% a 60%. Sobre os incentivos para atrair os turistas à cidade, Stella informa que a PBH está empenhada em promover shows, eventos esportivos e feiras. “Temos 385 espaços para isso. O centro de convenções será lançado, assim que a questão jurídica da posse do terreno for resolvida. O resultado da nova licitação para a ampliação do Expominas sairá mês que vem.”

 


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