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Estado de Minas

Leilões de bioenergia em SP podem ser lançados em dois meses, diz secretário


postado em 03/02/2015 15:07

São Paulo, 03 - O secretário de Agricultura de São Paulo, Arnaldo Jardim, afirmou que os "leilões vocacionados" de energia que o Estado pretende realizar podem ser "colocados na rua" em dois meses. "Primeiro, precisamos determinar qual é a demanda do Estado, qual a necessidade", destacou em entrevista a jornalistas após audiência do governador Geraldo Alckmin (PSDB) com representantes da cadeia produtiva de açúcar e álcool na manhã desta terça-feira, 3.

Conforme Jardim, esses leilões de energia serão realizados pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e voltados à bioenergia, aquela produzida a partir de biomassa, como palha e bagaço de cana.

Indagado sobre o preço do megawatt comercializado nos leilões, o secretário apenas comentou que será semelhante àqueles oferecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo Jardim, as usinas estão em dificuldades, o que torna necessária a entrada da Cesp para arcar com os custos de cogeração. "Essa medida recuperaria parte dos empregos perdidos pelo setor, mas para recuperar todos será necessário melhorar a competitividade do etanol", afirmou.

Alckmin assinou dois decretos nesta segunda-feira, sendo um voltado à questão tributária do setor sucroenergético e outro à redução do ICMS incidente sobre amido, xaropes, glicose e outros derivados de milho, que deve acarretar em renúncia de R$ 15 milhões por ano aos cofres do governo.

Crise hídrica

Jardim comentou, ainda, que estão sendo preparadas medidas para reduzir o consumo e o desperdício de água na agricultura do Estado, que tem sofrido com reservatórios quase secos e chuvas abaixo do ideal.

Uma dessas medidas, segundo o secretário, é "regular equipamentos" de irrigação, de modo a evitar perdas. Há também planos para recuperar nascentes e matas ciliares, que atenuariam o assoreamento de rios. A utilização de sementes melhoradas, que dependam menos de água, também é estudada.

"É óbvio que o momento é emergencial, mas também é estrutural. Temos de pensar a agricultura com novos equipamentos, com novas tecnologias", comentou Jardim. De acordo com ele, o governo pretende utilizar técnicos das secretarias de Agricultura e Meio Ambiente para a fiscalização do uso de água em áreas agrícolas.

Também em conversa com jornalistas, Alckmin afirmou que pretende fazer a interligação dos reservatórios Rio Grande e Taiaçupeba, que abastecem a Grande São Paulo, até maio, com possibilidades de ser entregue pela Sabesp em abril.


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