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Estado de Minas

Em alta, dólar chega a R$ 2,83, maior nível em mais de 10 anos

Na véspera, moeda fechou estável, com leve queda de 0,03%, cotada a R$ 2,778


postado em 10/02/2015 10:15 / atualizado em 10/02/2015 14:16

O dólar comercial ultrapassou a barreira dos R$ 2,80 nesta terça-feira, maior nível desde 10 de novembro de 2004. Ceticismo sobre a nomeação de Aldemir Bendine à presidência da Petrobras e incertezas sobre o futuro da Grécia na zona do euro movimentam a moeda norte-americana. Por volta das 14h, a divisa era vendida a R$ 2,832, em alta de 1,97%.

Na segunda-feira, o dólar fechou estável, com leve queda de 0,03%, cotado a R$ 2,778. Na máxima do dia, porém, a moeda alcançou R$ 2,7969, o que teria sido a maior cotação em mais de uma década. Na última sessão da semana passada, quando fechou em R$ 2,7782, o dólar já havia rompido a máxima desde dezembro de 2004. No ano, a moeda dos Estados Unidos acumula valorização de 4,46%, e no mês, de 3,27%.

Nas casas de câmbio de Belo Horizonte, a moeda já é vendida a R$ 3,01 com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Para o presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos e Mercado de Capitais (Apimec), Juliano Lima Pinheiro, o aconselhável para quem vai utlizar a moeda estrangeira é planejar e comprar o dólar com antecedência e em etapas para ter uma média de preço ao longo do ano."Quem vai viajar para o exterior no final do ano, por exemplo, já pode ir comprando, já que não temos claro o que vai acontecer até esse período. O momento certo é impossível de calcular, diante das incertezas”, afirma.

Ontem, analistas do mercado financeiro reduziram pela sexta vez seguida as projeções para o desempenho da economia brasileira neste ano. De acordo com dados do boletim Focus, relatório do Banco Central baseado na consulta aos gurus dos bancos e corretoras de valores, a mediana das previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) ficou estável. Na semana passada, a estimativa era também de estagnação, mas com viés levemente positivo (0,03%). A previsão para a inflação também piorou, desta vez pela sexta vez consecutiva. Agora, os economistas esperam que o IPCA, índice oficial, feche 2015 em 7,15%. Na semana passada, trabalhavam com 7,01% neste ano e 5,6% em 2016, ano em que o BC espera que o indicador chegue ao centro da meta, que é de 4,5%. A projeção para 2016 foi mantida, assim como a taxa básica de juros de 12,5% em 2015. Para a balança comercial, as projeções permaneceram em superávit de US$ 5 bilhões neste ano e de US$ 12 bilhões, em lugar dos US$ 10 bilhões anteriores, no próximo ano.

Bovespa

A Bolsa de Valores de São Paulo virou e passou a operar em queda na tarde desta terça. Às 14h, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caía 0,41%, a 49.178 pontos, puxado por perdas dos papéis da Vale, que desabam 4%. No mesmo horário, as preferenciais da Petrobras recuavam 0,32% e as ordinárias 0,65%.

Ontem, a ressaca do mercado financeiro com a nomeação indigesta de Aldemir Bendine fez as ações da petroleira abrirem em forte queda no primeiro pregão da semana, que fechou com alta de 1,21%, em 49.382 pontos. Os papéis da estatal do petróleo chegaram a cair 4% pela manhã e bateram em R$ 8,72. Contudo, reverteram as perdas com a expectativa de que o nome de Bendine seja apenas uma solução provisória. No fechamento do dia, as ações preferenciais conseguiram ganhos de 1,75%, cotadas a R$ 9,28, e as ordinárias se valorizaram 1,88%, precificadas em R$ 9,20. A bolsa brasileira subiu, ainda, sustentada pelos fortes ganhos dos papéis da mineradora Vale e de empresas siderúrgicas.

 

 


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