Em casas de câmbio e bancos de Belo Horizonte, o dólar turismo já ultrapassa a marca dos R$ 3 nesta quarta-feira, preocupação para quem planeja ou está com viagem marcada para o exterior. Na Cotação Corretora, a moeda americana em espécie é vendida a R$ 3,04, já com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No cartão pré-pago, com taxa de IOF maior, é comercializada a R$ 3,19. Na Confidence Corretora, o dólar em espécie é negociado a R$ 3,08, e o produto no cartão pré-pago, a R$ 3,21. No Banco do Brasil, maior cotação pesquisada, levando em conta a taxa cobrada pelo banco, cada dólar saía por R$ 2,96, mais taxa de R$ 70 para compra. No cartão, a moeda é vendida a R$ 3,10, mais taxa de R$ 40. No final de 2013, o governo elevou o IOF de 0,38% para 6,38% e equiparou os plásticos pré-pagos e de débito à taxa do cartão de crédito.
Hoje pela manhã, o dólar comercial chegou a ser vendido a R$ 2,87, maior cotação desde outubro de 2004. Incertezas que atingem o mercado brasileiro, além de notícias que vêm do exterior contribuem para a valorização da moeda frente ao real. Por volta das 13h, a divida dos Estados Unidos subia 1,03%, cotada a R$ 2,866. Na véspera, a moeda fechou a R$ 2,8364, o maior nível desde 10 de novembro de 2004. Desde o fim de janeiro, o dólar vem numa clara escalada em relação ao real - no dia 29, estava cotado a R$ 2,6080. Em apenas oito dias úteis, foram 22 centavos de alta na cotação.
Para especialistas, o aconselhável para quem vai utlizar a moeda estrangeira é planejar e comprar o dólar com antecedência e em etapas para ter uma média de preço ao longo do ano. Analistas afirmam que os investidores estão se protegendo diante da deterioração das expectativas da economia brasileira, riscos de racionamento de água e energia, e chances de mudança no programa de oferta diária de dólar no mercado, promovido diariamente pelo Banco Central (BC).
A autoridade monetária, contudo, ainda não anunciou mudanças e o BC continua fazendo suas intervenções diárias no mercado de câmbio, ofertando até 2 mil swaps cambiais (operação de venda futura de dólares), com vencimentos em 1º de dezembro de 2015 e 1º de fevereiro de 2016 e promovendo o leilão de rolagem, com mais 13 mil contratos que equivalem a US$ 10,4 bilhões.
Bolsa Na Bovespa, a Petrobras continua perdendo valor de mercado. À tarde, as ações ordinárias caíam 0,34%, cotadas a R$ 8,80 e as preferenciais com perdas de 0,11%, a R$ R$ 8,91. Ontem, os papéis da petroleira fecharam com forte queda de 4%, depois de terem tido um início de pregão positivo. Os ativos da maior empresa brasileira pressionaram a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), que teve queda de 1,77%, em 48.510 pontos. (Com Correio Braziliense)