A agência de classificação de riscos Standard & Poor's acredita que a rápida expansão do crédito nos bancos brasileiros observada nos últimos dez anos não ocorrerá em 2015. Em vez disso, de acordo com um relatório publicado esta semana, a qualidade dos ativos, a eficiência e a taxa de capacidade de geração de receitas será fundamental para as instituições privadas este ano.
A agência de classificação de riscos também não enxerga muito espaço para uma maior alavancagem entre as famílias brasileiras. "Consequentemente, os bancos que procurarem por um maior crescimento nesse segmento poderão adicionar riscos para as suas carteiras", avalia o analista de crédito da S&P Edgard Dias.
A S&P também comentou que a diminuição das carteiras dos bancos públicos nos últimos três anos tem sido materialmente diluída em seus empréstimos inadimplentes, o que tem levantado questões sobre a real qualidade de suas carteiras.
"No entanto, os bancos privados já se concentram na taxa de geração de receitas, na eficiência e na qualidade de crédito, enquanto não se preocupam sobre a perda de mercado para os bancos públicos nos últimos três anos", comenta a agência.
Desta forma, defende a S&P, os bancos privados vão manter a sua resiliência em 2015, enquanto os obstáculos para a rentabilidade dos bancos públicos devem continuar a subir.