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Estado de Minas

Bloqueio de estradas já deixa prateleiras e postos vazios em Minas

Faltou alimentos, bebidas e combustíveis no varejo de Belo Horizonte e interior de Minas Gerais


postado em 25/02/2015 06:00 / atualizado em 25/02/2015 09:56

O bloqueio nas estradas já compromete a produção e o abastecimento de gêneros de primeira necessidade, a exemplo de alimentos, bebidas e combustíveis, no varejo de Belo Horizonte e interior de Minas Gerais. A rede de hipermercados Verdemar, da capital mineira, não conseguiu, ontem, repor as prateleiras de hortigranjeiros e um carregamento de salmão adquirido pela empresa estava retido até a noite de ontem na Rodovia Fernão Dias, que liga BH a São Paulo. A Forno de Minas, maior fabricante de pães de queijo do país, monitorava, também no começo da noite, pelo menos 10 carretas impedidas de trafegar com cerca de 250 toneladas de alimentos congelados, que correm o risco de estragar.


Faltou combustível nos municípios de Ouro Preto e São João del-Rei, na Região Central de Minas; e em Oliveira, Cláudio, Perdões e Campo Belo, no Centro-Oeste, segundo informações do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo de Minas Gerais (Minaspetro). “Se o movimento não terminar, pode faltar combustível em todo o estado”, afirmou o presidente da instituição, Carlos Guimarães Júnior.

Grandes e médios fabricantes de bebidas paralisaram ontem algumas linhas de produção por falta de vasilhames que não chegaram às fábricas, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas), Mário Morais Marques. “Nas médias empresas de BH e interior, há atrasos nas entregas, embora ainda sem paralisação de fábricas”, afirmou o empresário.

A greve dos caminhoneiros afeta neste momento principalmente os segmentos de produtos perecíveis no hipermercado Verdemar, de acordo com o proprietário da rede, Alexandre Poni, que é também presidente da Associação Mineira de Supermercados (Amis). “Estamos apreensivos porque o desabastecimento de comida vai ocorrer se a greve persistir”, afirmou. A fábrica de Contagem,, na Grande BH, da Forno de Minas, liberou empregados do turno da noite de ontem e decidiu dispensar, da mesma forma, os trabalhadores dos dois primeiros turnos de hoje, informou o presidente da empresa, Hélder Mendonça. “São mais de 400 pessoas paradas e mais de 40 toneladas de produtos que deixam de ser produzidas por turno”, afirmou.

A Fiat Automóveis paralisou ontem sua produção, de 3 mil carros por dia, e manterá em casa os trabalhadores do turno da manhã de hoje. A unidade industrial de Betim deixou de produzir 5 mil carros na segunda e terça-feira. O diretor-executivo do Sndicato das Indústrias de Laticínios de Minas Gerais (Silemg), Celso Costa Moreira, afirmou que se a greve persistir até o fim da semana, laticínios terão que parar a produção e o prejuízo diário pode chegar a R$ 17 milhões no estado.


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