Porto Alegre e Belo Horizonte, 26 - A manifestação dos caminhoneiros no Rio Grande do Sul nesta quinta-feira, 26, está aumentando. Já são 75 pontos de bloqueios, 43 em rodovias federais e 32 em estaduais. A paralisação, que segue um movimento nacional, é contra a alta do diesel, dos pedágios e pelo aumento no valor dos fretes.
A maior interrupção ocorre no km 22 da BR-101, no município de Três Cachoeiras, no litoral norte. Cerca de dois mil caminhões estão parados às margens da rodovia. O congestionamento no local já ultrapassa 20 quilômetros nos dois lados da via.
Nesta tarde, a Justiça acionou a Força Nacional de Segurança para liberar o tráfego. Desde cedo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tenta um acordo com os motoristas, mas sem sucesso. Na manhã desta quinta, um oficial de Justiça foi até o local notificar os manifestantes. Houve confusão e um motorista foi preso.
A paralisação dos caminhoneiros já afeta o abastecimento da indústria. As cadeias produtivas do leite e das carnes foram as primeiras a sentir os efeitos do protesto. Nesta quinta-feira, já há regiões com escassez de combustível, como é o caso de cidades do norte gaúcho.
Criadores de aves e suínos também têm se queixado do risco de falta de alimento para os animais. No maior centro de abastecimento do Estado, a Ceasa, em Porto Alegre, o movimento diminuiu bastante, tanto para o abastecimento, quanto para a compra. Porém, ainda não faltam produtos.