(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Inflação deve fazer BC elevar juros, mas efeito será limitado, dizem economistas


postado em 06/03/2015 18:37 / atualizado em 06/03/2015 18:47

A inflação pressionada deve levar o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a elevar ainda mais a taxa básica de juros, mas os efeitos de fato sobre os aumentos de preços devem ser limitados, alertam economistas. "Quando você tem uma política fiscal contracionista, a política monetária não precisa ser tão contracionista como foi no passado. A discussão de qual vai ser a taxa de juros vai depender de o Congresso aprovar a política fiscal do Levy (Joaquim Levy, ministro da Fazenda)", avaliou o professor Luiz Roberto Cunha, decano da PUC-Rio.


Na avaliação do economista Marcel Caparoz, da RC Consultores, é importante que o Banco Central continue sinalizando para o mercado que ainda está comprometido em atuar para fazer a inflação convergir para o centro da meta, de 4,5% no ano. "Mas, de maneira prática, ele tem uma capacidade muito reduzida de fazer isso acontecer. O efeito desse aumento na taxa de juros sobre a inflação vai ser muito pouco. Talvez só convirja (para a meta) em 2017", disse o analista da RC.

Tanto Caparoz quando Cunha preveem que a taxa básica de juros, atualmente em 12,75% ao ano, chegue a 13,25%. No entanto, a elevação já ocorre em um cenário de demanda deprimida e atividade fraca. "Vai ter um custo muito alto, vai custar empregos, investimentos, crescimento do PIB. Mas a tendência é que dê aumento (da Selic) sim", afirmou Caparoz, que apoia a continuidade no ciclo de aperto, mas com cautela. "Acho que tem que ser prudente para não afundar a economia de vez", acrescentou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)