O dólar comercial iniciou o pregão em alta, chegando ao patamar de R$ 3,12 na tarde desta segunda-feira. Pesam no mercado as projeções negativas do relátório Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, além da lista com o nome de suspeitos de envolvimento na Operação Lava-Jato divulgada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, além do panelaço acompanhado de vaias, buzinaço e gritos de "Fora, Dilma" na noite deste domingo, durante o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff em rede nacional de rádio e televisão. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (Bovespa), registra queda de 1,79%, aos 49.084 pontos.
Na sexta-feira, a moeda norte-americana terminou o dia a R$ 3,0565, com avanço de 1,49%, o maior valor desde o dia 5 de agosto de 2004, quando chegou à cotação de R$ 3,0637, segundo dados do BC. A divisa subiu 7,02% na semana, a maior alta semanal desde 2008. No ano, a moeda acumula valorização de 14,96%.
Expectativas O mercado apontou uma inflação de 7,77% em 2015, elevou para 0,66% a previsão de retração da economia e estimou a taxa Selic em 13% ao ano. Já as previsões para o comportamento do câmbio neste e no próximo ano mostraram mudanças sutis. De acordo com o documento, a mediana das estimativas para o dólar no encerramento de 2015 passou de R$ 2,91 para R$ 2,95. Quatro edições anteriores, a mediana estava em R$ 2,80. Com a elevação, a taxa média prevista para este ano subiu de R$ 2,86 para R$ 2,88 - um mês antes estava em R$ 2,73.
Já para 2016, a cotação final ficou parada em R$ 3,00 de uma semana para outra - estava em R$ 2,90 quatro levantamentos antes. Apesar disso, a taxa média para o ano que vem avançou de R$ 2,90 para R$ 2,93. Quatro semanas antes, a mediana estava em R$ 2,82.