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Estado de Minas

Tesouro não deve apoiar captações da Petrobrás no exterior


postado em 10/03/2015 09:07

Brasília, 10 - Apesar das especulações que ganham força no mercado financeiro, o Tesouro Nacional não pretende oferecer garantias à captações da Petrobrás nos mercados interno ou externo. Segundo apurou o Broadcast, serviço de tempo real da Agência Estado, não há hoje nenhuma operação da petrolífera sendo estruturada com o aval do Tesouro. Na semana passada, a companhia anunciou ter obtido do conselho de administração autorização para captar este ano até US$ 19 bilhões.

Fonte do governo informou que não passa pela "filosofia" da atual equipe econômica a entrada da União com garantidora nas operações de financiamento da Petrobrás. O governo federal não tem obrigação legal de ser avalista dos empréstimos da companhia, destaca a fonte. A determinação do governo vai na contramão da expectativa do mercado financeiro.

Conforme divulgado na semana passada pelo Broadcast, com o acesso fechado ao mercado externo de dívida, a Petrobrás deve recorrer aos bancos mais próximos para captar recursos. No entanto, como a companhia perdeu o grau de investimento, a expectativa do mercado era de que os empréstimos viessem condicionados à entrega de garantias do Tesouro.

Um dos principais entraves à captação de recursos no momento, a publicação do balanço da Petrobrás auditado pela PricewaterhouseCoopers (PwC) está perto de ser concretizada. Pela avaliação da equipe econômica, as negociações estão avançadas e caminham bem. O governo não trabalha com a hipótese de o balanço não ser publicado a tempo - possibilidade que poderia levar a um processo de aceleração da dívida, previsto em cláusulas contratuais.

A companhia deve publicar resultados financeiros anuais auditados em até 120 dias após o fim do exercício mais um período de 60 dias de tolerância. Neste caso, credores podem se unir e cobrar da empresa o pagamento antecipado. O prazo para isso é junho próximo.

Na estratégia de fortalecimento financeiro da Petrobrás, fontes do governo destacam que o mercado interno é bastante "profundo" e com alta liquidez, o que assegura acesso da companhia ao financiamento doméstico, embora com custo seja mais elevado. Colaborou Cynthia Decloet. As informações são do jornal

O Estado de S. Paulo.


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