O dólar bateu a barreira dos R$ 3,28 nesta sexta-feira, a maior cotação em quase 12 anos. A moeda já abriu o pregão em alta e chegou a R$ 3,21. Por volta das 13h30, a alta era de 3,08%, vendida a R$ 3,259. Ontem, o dólar comercial encerrou o dia com alta de 1,08%, cotado a R$ 3,161, maior valor da divisa desde 14 de junho de 2004, quando fechou a R$ 3,165. Na semana, a alta é de 3,44%, com fechamento em queda apenas na terça-feira. No mês, a alta acumulada chega a 10,7% e no ano, a 18,91%.
O mercado segue atento ao programa cambial do Banco Central e às incertezas com a situação política em meio a uma série de protestos no país. Nesta sexta, centrais sindicais manifestam em defesa da Petrobras. Já domingo, haverá marcha para pedir o afastamento da presidente Dilma Roussef.
O Banco Central (BC) dará continuidade à estratégia de intervenções no mercado de câmbio, ofertando até 2 mil swaps cambiais, que equivalem à venda futura de dólar, com vencimentos em 1º de dezembro de 2015 e 1º de março de 2016.
Na Bolsa
A instabilidade no cenário político pressionam não só o dólar, mas também a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa). À tarde, o Ibovespa, principal indicador da Bolsa, operava em baixa de 1,13%, a 48.326 pontos. Destaque negativo para as ações da Petrobras, que caíam mais de 3% e meio a possibilidade de a Petrobras adiar a divulgação do balanço. Ontem, a A Bovespa fechou em leve baixa. O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, recuou 0,05%, a 48.880 pontos.
Por meio de nota, a Petrobras informou que não cogita adiar a divulgação do seu balanço. Há pouco, o papel PN da estatal cedia 3,41%, cotado a R$ 8,21%, e o ON recuava 3,26%, cotado a R$ 8,01, ambos entre as maiores queda do Ibovespa. (Com Agência Estado)