São Paulo, 13 - O resultado do varejo no mês de em janeiro, acima da mediana estimada pelo AE Projeções, é uma surpresa positiva, mas está longe de reverter o quadro de deterioração do comércio em 2015, avaliou o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira. "A alta é inesperada, mas acontece em cima de um número muito ruim e também inesperado que vimos em dezembro", diz.
As vendas do varejo subiram 0,8% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo
AE Projeções,
que esperavam desde queda de 1,60% a expansão de 1,40%, com mediana negativa de 0,40%.
No último mês do ano passado, a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou que as vendas do comércio varejista caíram 2,6% em dezembro ante novembro de 2014, na série com ajuste sazonal. O resultado veio bem pior do que a mediana negativa em de 0,70% estimada pelo AE Projeções na época.
Na avaliação de Oliveira, os fatores que contribuem para a desaceleração do comércio varejista neste ano permanecem inalterados. Entre eles, o economista cita a cautela de consumidores e banco na contratação e concessão de crédito, a menor confiança no crescimento da economia, a deterioração do mercado de trabalho, com redução de vagas e menor ritmo de alta dos salários. "Vejo o resultado de janeiro como uma acomodação em cima do resultado mais fraco no ano passado", diz Oliveira.