A quantidade de água liberada pelos reservatórios de Sobradinho e Xingó, no Rio São Francisco, será reduzida dos atuais 1.100 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 1.000 m³/s. O novo patamar da vazão mínima foi aprovado hoje (17) pelo Grupo de Acompanhamento do São Francisco, formado por representantes de instituições como a Agência Nacional de Águas (ANA), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
A mudança ainda deverá passar pela avaliação da Diretoria Colegiada da ANA e, caso aprovado, valerá a partir da publicação de resolução no Diário Oficial da União. De acordo com a agência, os 1.000 m³/s só serão adotados nos períodos em que a demanda de energia for menor, para preservar mais água no reservatório. No ano passado, a vazão mínima havia sido reduzida de 1.300 m³/s para a 1.100 m³/s.
A nova vazão mínima valerá da meia-noite às 7h, de segunda a sábado, e durante todo o dia aos domingos e feriados. A medida considera os baixos níveis de chuvas e de vazão na Bacia do São Francisco, combinados com os baixos níveis de água armazenada nos reservatórios.
Presente na reunião, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, criticou a falta de um padrão nos pedidos do setor elétrico, bem como a visão do segmento, que só vê o rio como gerador de energia elétrica. Ele solicitou acesso ao relatório detalhado elaborado pelo Ibama, o qual se baseou para conceder a autorização na vazão menor do rio.