O presidente da Cemig, Mauro Borges Lemos, afirmou nesta quarta-feira que a empresa pode participar de leilões para instalação de parques de geração de energia solar e eólica no Norte de Minas Gerais em 2016. O comentário foi feito depois de um encontro da direção da instituição com deputados da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Durante a reunião, o presidente da comissão, deputado Gil Pereira (PP), defendeu investimentos em energia alternativa no Norte de Minas, uma das regiões com maior potencial no país nessa área. Também participaram do encontro os deputados Duarte Bechir (PSD) e Durval Ângelo (PT), líder do Governo na ALMG.
Gil Pereira afirmou que, com a crise hídrica e energética que o Brasil vive, o preço de geração de energia eólica e solar vem se tornando mais competitivo em relação à geração de energia hidrelétrica e térmica. “O Norte de Minas possui o quarto melhor ponto de energia solar do país”, afirmou o deputado. Já se busca, inclusive, a instalação de uma fábrica de painéis solares na região, segundo o parlamentar.
Mauro Borges Lemos afirmou que a Cemig já possui hoje, no Sul da Bahia, o maior parque eólico e solar do país, por meio de sua empresa subsidiária de energia renovável, a Renova. “A proposta da Comissão de Minas e Energia, que é a Renova participar de leilões que envolvem sítios em Minas Gerais, é plenamente factível, uma vez que esse parque eólico e solar que nós temos no Sul da Bahia é contíguo ao Norte de Minas. Na divisa de Minas com a Bahia é onde temos os melhores ventos e a melhor insolação do País. Está dentro de nosso plano de negócios”, afirmou o presidente da Cemig. Ele ressalvou que a confirmação desses investimentos depende, principalmente, de avanços na gestão ambiental.
Gasoduto
O presidente da Cemig também afirmou que, em um prazo de até um mês, deve ser definida uma solução para a construção de um gasoduto que irá abastecer a indústria de fertilizantes em Uberaba, Triângulo Mineiro. Ele garantiu que esse projeto não implica em uma privatização da Gasmig, uma subsidiária da Cemig, mas sim na adoção de uma estrutura societária e financeira adequada que viabilize o projeto, no menor custo possível.
Uma demanda apresentada pela Comissão de Minas e Energia à direção da Cemig é a extensão do gasoduto que vai até Sete Lagoas (Região Central) para o Norte de Minas, até Montes Claros. O presidente da Cemig afirmou que essa extensão é possível, desde que se viabilize a produção de gás na bacia do São Francisco. “Se os lotes de produção de gás que nós temos se mostrarem viáveis do ponto de vista econômico, nós podemos ter um traçado diferente, estendendo o gasoduto de Sete Lagoas até Curvelo ou Montes Claros”, declarou Lemos.