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Estado de Minas

Prévia da inflação salta para 8,12% em 2015

Há um mês, a mediana das estimativas para o indicador estava em 7,33%


postado em 23/03/2015 08:58 / atualizado em 23/03/2015 09:16

Com a alta de 1,24% do IPCA-15 de março, analistas do mercado financeiro mexeram novamente para cima em suas projeções para a inflação. A mediana das previsões para o IPCA de 2015 passou de uma alta de 7,93% para 8,12%. Há um mês, a mediana das estimativas para o indicador estava em 7,33%. Esta é a décima-segunda semana consecutiva em que há alta das previsões para o IPCA deste ano.

A expectativa de que o BC não entregará, portanto, a inflação de 2015 sem estourar o teto de 6,50% da meta também pode ser vista no Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as previsões. Para esses profissionais, a mediana para o IPCA deste ano segue acima da banda superior da meta e permaneceu em 8,33% de uma semana para outra. Quatro semanas atrás, estava em 7,12%.

Para o final de 2016, a mediana das projeções para o IPCA foi levemente ampliada de 5,60% para 5,61%. Já no Top 5, a projeção para a inflação no final do ano que vem que estava em 5,61% subiu para 5,64% - um mês antes estava em 5,65%. As expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente seguem elevadas, mas diminuíram. Nessa divulgação da Focus, essa projeção passou de 6,58% para 6,49% - um mês antes estava em 6,55%.

No curto prazo, os preços mostram mais descontrole. Depois da alta de 1,24% de janeiro, revelada pelo IBGE, e de 1,22% em fevereiro, a projeção para a taxa em março, também segue acima de 1%. De acordo com o boletim Focus, a mediana das estimativas passou de 1,31% para 1,40% - um mês antes, estava em 0,79%. Algum refresco para a inflação mensal é aguardado apenas para abril, quando o índice deve ter alta de 0,62%. Esse indicador, na semana anterior, porém, estava em 0,60% e quatro edições da Focus atrás, em 0,57%.

O Banco Central trabalha com um cenário de alta para o IPCA nos primeiros meses deste ano. A expectativa é a de que a pressão dos preços administrados fique circunscrita ao primeiro trimestre deste ano. De qualquer forma, o foco do BC em relação à meta é apenas 2016, quando promete entregar uma inflação de 4,5%.


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