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Estado de Minas

Crédito em fevereiro espelha alta da Selic e aperto monetário, diz o ABBC


postado em 25/03/2015 15:19

São Paulo, 25 - Os aumentos já dados na taxa de juro somados às expectativas de mais aperto monetário e à volatilidade na curva a termo que gera prêmios maiores justificam o aumento do juro médio incidente sobre as operações de crédito livre em fevereiro, de 40,6% ante 39,1% em janeiro. A avaliação é do assessor econômico da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Everton Gonçalves. Os dados sobre crédito foram divulgados há instantes pelo Banco Central (BC) por meio da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito de fevereiro.

Os mesmos elementos citados por Gonçalves fizeram com que o spread médio no crédito livre ficasse em 28,3 pontos porcentuais em fevereiro em relação à diferença 27,2 pontos, que foi a diferença em janeiro entre a taxa de juros sobre a captação de recursos E a taxa cobrada pelos bancos na hora de emprestar os recursos.

Além do aumento da taxa de juros e das expectativas em relação a novos aumentos, o assessor econômico da ABBC afirma ainda que o aumento da inadimplência também contribuiu para a elevação do juro médio e dos spreads sobre as operações de crédito livre. Pelo relato do BC, a inadimplência no crédito livre da pessoa física subiu 0,1 ponto porcentual de 5,3% em janeiro para 5,4% no mês passado. A inadimplência no crédito livre da pessoa jurídica se manteve em 3,5%, como a inadimplência média no crédito livre tendo ficado em 4,4%.

Em decorrência da baixa atividade econômica e de seus reflexos sobre o emprego e a renda, Gonçalves afirma não vê mudanças na dinâmica do crédito em relação aos números das notas de crédito divulgadas anteriormente. Desta forma, segundo ele, a modalidade de crédito que deverá continuar 'apanhando' mais no mercado é a destinada a compras de veículos. De acordo com o BC, o crédito para compra de veículos caiu 1% em fevereiro e já acumula no bimestre queda de 1,2% ao passo que o crédito para habitação pessoa física cresceu 1,2% na margem, serviços 0,2%, indústria 0,8% e agropecuária 0,9%.


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