São Paulo, 26 - O Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março, divulgado na manhã desta quinta-feira, 26, pelo Banco Central (BC), indica que o ciclo atual de aumento de juros deverá terminar em 30 de abril. A avaliação é do diretor de Pesquisas Macroeconômicas do Bradesco, Octavio de Barros. "Com base nas projeções do Bradesco e na leitura do RTI, dou 70% de probabilidade de o ciclo terminar em 13% ao ano, ou seja, haverá mais uma rodada final de 0,25 ponto porcentual", disse Barros ao
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, serviço em tempo real da Agência Estado.
Para ele, a alternativa mais improvável seria o fim do ciclo com um aumento de Selic de 0,50 ponto porcentual em abril. "O PIB será bem pior do que o BC projeta. Será uma queda de 1,5% ou pior que isso", afirma o economista, para quem o desemprego em massa é realmente uma ameaça concreta.
"Tecnicamente falando, não acredito que haverá espaço para aumentar juros na reunião do Copom de 3 de junho. Até lá, estará escancarada a deterioração da atividade e do emprego. Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de hoje já dão uma bela pista da piora no mercado de trabalho, que o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) já indicava", reforça Barros. Ainda de acordo com ele, "na batalha entre o hiato meganegativo e a inércia, o primeiro ganhará de goleada".
"Chances de inflação no centro da meta logo no início de 2017 não justificam novas rodadas de juros depois de abril", avalia o diretor do Bradesco.