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Estado de Minas

A despeito de projeções pessimistas, empreendedores veem oportunidade de expansão

No setor produtivo há quem considere que o resultado do ano pode ser bom, desde que a crise seja observada como momento de oportunidade para corrigir falhas


postado em 29/03/2015 07:20 / atualizado em 29/03/2015 07:54

As previsões dos analistas de bancos e corretoras para o desempenho da economia em 2015, pesquisadas pelo próprio Banco Central, não são otimistas e o cenário possível é de recessão, com encolhimento de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Ainda assim, nem todos se enquadram na linha tão pessimista. No setor produtivo há quem considere que o resultado do ano pode ser bom, desde que a crise seja observada como momento de oportunidade para corrigir falhas que passam despercebidas em momentos de produção acelerada, deixando o negócio mais fortalecido para enfrentar o próximo ciclo de crescimento. Para quem depende do mercado externo como as empresas exportadoras, a valorização do dólar é um alento, mas a desaceleração da demanda mundial e a alta dos preços dos insumos importados preocupa, o que faz com que a engenharia nas empresas para enfrentar a crise seja superapurada e vá se moldando ao mercado.

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press )
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press )

CASA FALCI

>>Ganhar escala

No Alto Paranaíba, Inácio Urban é o maior produtor de algodão do estado. Dono do grupo Farroupilha, no Noroeste de Minas ele também cultiva em larga escala soja, milho e café, além da atividade pecuária. No ramo há 39 anos, Inácio Urban (foto) diz que antes mesmo de a crise se instalar é preciso colocar as contas na mesa, perceber as nuances do negócio, observar onde é possível ter produtividade com menor custo. O que não dá para fazer é parar as máquinas e sair do campo a cada crise. “Já atravessei muitas”, lembra o produtor. Desta vez, Inácio diz que a lavoura já estava plantada, quando ocorreu a valorização do dólar, o que permitiu ao setor escapar da alta dos insumos agrícolas, cotados em dólar, o que não deve ocorrer com a safra de 2016. No ano que vem, a agricultura deverá sofrer os impactos da desvalorização do real frente ao dólar. Por outro lado, como boa parte de sua produção – 50% da soja, 75% do café e 20% do algodão – é exportada, representa ganhos com a valorização da moeda americana. Isso traz também expectativas de um ano bom. Diante dos primeiros prenúncios do aprofundamento da crise brasileira, ainda no ano passado, Inácio Urban contratou consultoria para ajudar a empresa a se reestruturar, enxugar gastos e produzir com mais eficiência, uma ação preventiva para enfrentar 2015. Para Urban, assim como nas empresas, o caminho para o país vencer a tormenta é um só: “ Para vencer a crise o governo precisa conseguir unir forças, vencer a crise política”.

(foto: Arquivo pessoal )
(foto: Arquivo pessoal )

GRUPO FARROUPILHA

>> Antecipando-se à tormenta

No Alto Paranaíba, Inácio Urban é o maior produtor de algodão do estado. Dono do grupo Farroupilha, no Noroeste de Minas ele também cultiva em larga escala soja, milho e café, além da atividade pecuária. No ramo há 39 anos, Inácio Urban (foto) diz que antes mesmo de a crise se instalar é preciso colocar as contas na mesa, perceber as nuances do negócio, observar onde é possível ter produtividade com menor custo. O que não dá para fazer é parar as máquinas e sair do campo a cada crise. “Já atravessei muitas”, lembra o produtor. Desta vez, Inácio diz que a lavoura já estava plantada, quando ocorreu a valorização do dólar, o que permitiu ao setor escapar da alta dos insumos agrícolas, cotados em dólar, o que não deve ocorrer com a safra de 2016. No ano que vem, a agricultura deverá sofrer os impactos da desvalorização do real frente ao dólar. Por outro lado, como boa parte de sua produção – 50% da soja, 75% do café e 20% do algodão – é exportada, representa ganhos com a valorização da moeda americana. Isso traz também expectativas de um ano bom. Diante dos primeiros prenúncios do aprofundamento da crise brasileira, ainda no ano passado, Inácio Urban contratou consultoria para ajudar a empresa a se reestruturar, enxugar gastos e produzir com mais eficiência, uma ação preventiva para enfrentar 2015. Para Urban, assim como nas empresas, o caminho para o país vencer a tormenta é um só: “ Para vencer a crise o governo precisa conseguir unir forças, vencer a crise política”.


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