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Estado de Minas

Levy diz que há risco de país perder 'grau de investimento'

Ministro da Fazenda detalha ao Congresso medidas do arrocho fiscal


postado em 31/03/2015 11:07 / atualizado em 31/03/2015 11:53

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta terça-feira em sua primeira fala na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que há risco de país perder 'grau de investimento' se correções não forem feitas. "O custo será altíssimo não só para o governo, mas para empresas e para o trabalhador". No entanto, o ministro disse que a economia brasileira é forte e diversificada, com grande capacidade de resposta. Segundo ele, o momento agora é de transição e o governo está reorientando o setor econômico para o fim do ciclo das commodities.


Levy apontou que a dívida brasileira ainda é bastante elevada (em relação ao Produto Interno Bruto) para um rating não tão alto. O ministro lembrou que muitos investidores não podem aplicar em países que não têm grau de investimento e que isso teria grande impacto na economia real. "Para preservação do emprego, temos de botar a dívida pública em uma trajetória sustentável, que nos traga para a esquerda (do gráfico apresentado aos senadores). Sempre movendo para a esquerda, né presidente", disse, em tom de brincadeira.

Na audiência, Levy falou aos senadores sobre ciclos econômicos e a diferença entre a crise de 2008 e as anteriores. Levy disse que, naquele ano, a crise encontrou o governo brasileiro em boas condições, mas que as ações anticíclicas era uma situação temporária. "É chegado o momento de nós revertermos nossas medidas anticíclicas", declarou.

Ele ponderou que o fim do ciclo de preços altos das commodities significa "um vento um pouco contra" na economia brasileira e que é preciso readaptá-la à nova realidade. "Na medida em que os elementos anticíclicos são tirados, notadamente da china, os preços das commodities continuará caindo", completou.

Seguro desemprego

Ao justificar as regras mais rigorosas, o ministro Joaquim Levy negou prejuízos ao direito do trabalhador. Segundo ele, são medidas necessárias para fortalecer a previdência social e o mercado de trabalho. Sobre os impostos, Levy disse que "o governo não quer criar ou aumentar impostos, mas diminuir as renúncias fiscais concedidas noutro momento econômico "em que era possível fazer isso", disse Levy. Ele citou a Cide e a desoneração da folha de pagamentos. (Com Agência Senado e Agência Estado)


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