Mundialmente, o cultivo da oliveira é marcado pela forte presença da agricultura familiar, mas, em Minas, os olivais começaram a ser desenvolvidos, em sua maioria, por médios e grandes investidores. O motivo é o alto custo, que exige investimentos próximos a R$ 30 mil por hectare nos primeiros quatro anos da cultura. Só a partir daí, com o início da produção, é que começa a se apurar o retorno do investimento. A expectativa, segundo a Associação dos Olivicultores da Mantiqueira (Assoolive), é que o financiamento por meio do Banco do Brasil que começa tímido passe a viabilizar a inclusão também de pequenos produtores. Outra sinalização positiva para o setor é a fabricação nacional da máquina responsável por triturar, bater e centrifugar a azeitona, retirando o azeite de oliva.
Até então, o maquinário utilizado em Minas era importado da Itália. Segundo Nilton Oliveira, consultor no segmento e ex-presidente da Assoolive, enquanto uma máquina importada de porte médio, capaz de processar 600 quilos de azeitona por hora, custa cerca de R$ 1 milhão, a tecnologia nacional é adquirida por aproximadamente R$ 500 mil, metade do preço. “O equipamento nacional é mais uma promessa interessante para o setor”, diz Nilton, que acabou de instalar o primeiro equipamento nacional para extração do azeite de oliva em sua propriedade, em Barbacena, na Região Central. Em 2008, o produtor Moacir Nascimento decidiu investir na cultura de azeitona em Catas Altas da Noruega, na Região Central do Estado.
Atraído pelas condições climáticas propícias da região, Moacir aponta que a olivicultura permite boa rentabilidade em pequena escala. Atualmente, ele cultiva dois hectares e pretende expandir a área em mais três hectares este ano. O produtor, que pretende chegar a uma produção de 800 a 1 mil litros de azeite por ano, importou da Itália uma pequena máquina ao custo de aproximadamente R$ 90 mil.
A extração do azeite em Minas tem sido feita de forma consorciada, com produtores alugando a máquina. Esse é um investimento que Isabel Carneiro e Angela Duvivier, de Aiuroca, Sul do estado, pretendem começar a planejar. “Estamos extraindo o nosso azeite em Maria da Fé. Diminuir essa distância seria muito bom para nossa produção”, comenta Ângela.
Chances maiores De uma forma geral, a olivicultura vem abrindo oportunidades. Há três anos, Fabrício Salomão, engenheiro-agrônomo, tem se dedicado à consultoria para novos negócios. Ele também concorda que, por enquanto, a cultura tem atraído produtores de maior porte capazes de bancar o investimento inicial, mas destaca o crescimento que a cultura vem alcançando e o seu potencial. “Esse é um mercado novo, promissor e que tem atraído muitos produtores não convencionais”, diz. Ele explica que muitos investidores de outros ramos da economia estão investindo na olivicultura. “O potencial para crescer é grande. A produção nacional ocupa apenas 0,069% do consumo. O restante é todo importado”, ressalta.
Segundo Salomão, para os parâmetros do Brasil, que são diferentes de países europeus, de grandes produtores, o cultivo de até três hectares é considerado de pequeno porte; até 20, de médio porte, e acima desse percentual está a grande escala. Fabrício lembra ainda que outro peso da produção são as máquinas para colher as azeitonas, que custam cerca de R$ 1,5 mil. “A maioria da colheita no Sul de Minas é semi-mecanizada”, observa. O consultor explica que o agricultor pode pagar o investimento na máquina já a partir da terceira safra.
Até então, o maquinário utilizado em Minas era importado da Itália. Segundo Nilton Oliveira, consultor no segmento e ex-presidente da Assoolive, enquanto uma máquina importada de porte médio, capaz de processar 600 quilos de azeitona por hora, custa cerca de R$ 1 milhão, a tecnologia nacional é adquirida por aproximadamente R$ 500 mil, metade do preço. “O equipamento nacional é mais uma promessa interessante para o setor”, diz Nilton, que acabou de instalar o primeiro equipamento nacional para extração do azeite de oliva em sua propriedade, em Barbacena, na Região Central. Em 2008, o produtor Moacir Nascimento decidiu investir na cultura de azeitona em Catas Altas da Noruega, na Região Central do Estado.
Atraído pelas condições climáticas propícias da região, Moacir aponta que a olivicultura permite boa rentabilidade em pequena escala. Atualmente, ele cultiva dois hectares e pretende expandir a área em mais três hectares este ano. O produtor, que pretende chegar a uma produção de 800 a 1 mil litros de azeite por ano, importou da Itália uma pequena máquina ao custo de aproximadamente R$ 90 mil.
A extração do azeite em Minas tem sido feita de forma consorciada, com produtores alugando a máquina. Esse é um investimento que Isabel Carneiro e Angela Duvivier, de Aiuroca, Sul do estado, pretendem começar a planejar. “Estamos extraindo o nosso azeite em Maria da Fé. Diminuir essa distância seria muito bom para nossa produção”, comenta Ângela.
Chances maiores De uma forma geral, a olivicultura vem abrindo oportunidades. Há três anos, Fabrício Salomão, engenheiro-agrônomo, tem se dedicado à consultoria para novos negócios. Ele também concorda que, por enquanto, a cultura tem atraído produtores de maior porte capazes de bancar o investimento inicial, mas destaca o crescimento que a cultura vem alcançando e o seu potencial. “Esse é um mercado novo, promissor e que tem atraído muitos produtores não convencionais”, diz. Ele explica que muitos investidores de outros ramos da economia estão investindo na olivicultura. “O potencial para crescer é grande. A produção nacional ocupa apenas 0,069% do consumo. O restante é todo importado”, ressalta.
Segundo Salomão, para os parâmetros do Brasil, que são diferentes de países europeus, de grandes produtores, o cultivo de até três hectares é considerado de pequeno porte; até 20, de médio porte, e acima desse percentual está a grande escala. Fabrício lembra ainda que outro peso da produção são as máquinas para colher as azeitonas, que custam cerca de R$ 1,5 mil. “A maioria da colheita no Sul de Minas é semi-mecanizada”, observa. O consultor explica que o agricultor pode pagar o investimento na máquina já a partir da terceira safra.