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Estado de Minas SEU BOLSO

Inflação acumula alta de 8,13% em 12 meses, a maior em 11 anos

IPCA ficou em 1,32% em março, o maior índice para o mês desde 1995, segundo o IBGE


postado em 08/04/2015 09:23 / atualizado em 08/04/2015 11:51

Vilã da inflação de março foi a energia elétrica. Em Minas, foram quatro aumentos somente este ano(foto: em/d.a/pRESS)
Vilã da inflação de março foi a energia elétrica. Em Minas, foram quatro aumentos somente este ano (foto: em/d.a/pRESS)
As constantes altas na conta de energia elétrica pressionam a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 12 meses, o índice acumula taxa de 8,13%, acima do teto da meta do governo federal, que é 6,5% e a maior taxa desde dezembro de 2003, que foi 9,3%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em março, a taxa ficou em 1,32%, acima de 1,22% em fevereiro, a maior para o mês desde 1995 (1,55%) e a maior desde fevereiro de 2003 (1,57%). No primeiro trimestre, o IPCA acumula alta de 3,83%, a mais elevada para esse período desde 2003, quando a alta foi de 5,13%. Na análise regional, o quinto maior índice partiu de Belo Horizonte (1,48%) no mês, entre as 13 áreas pesquisadas. Com isso, a variação acumulada no ano já atinge 3,68%.

Vilã

A energia elétrica foi, sozinha, responsável por mais da metade da inflação do mês, diante do aumento médio de 22,08%. Na capital mineira, a conta de luz subiu 23,61% em março. Em Minas, foram quatro aumentos somente este ano - o último, aprovado ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), determinou reajuste de 5,93% sobre a tarifa dos usuários residenciais da Companhia Energética do Estado de Minas Gerais (Cemig) a partir desta quarta-feira.

"Com a entrada em vigor, a partir de 2 de março, da revisão das tarifas aprovada pela Aneel, ocorreram aumentos extras, fora do reajuste anual, para cobrir custos das concessionárias com a compra de energia. Na mesma data, houve reajuste de 83,33% sobre o valor da bandeira tarifária vigente, a vermelha, passando de R$ 3,00 para R$ 5,50" destacou o IBGE. Neste ano, a energia elétrica em todas as regiões já subiu em média 36,34%. Nos últimos 12 meses, a conta está 60,42% mais cara.

Outra contribuição importante para o IPCA veio dos alimentos, que tiveram alta de preços de 1,17% em março. Em fevereiro, o grupo alimentação e bebidas teve inflação menos intensa: 0,81%. Os transportes tiveram inflação de 0,46%, abaixo dos 2,2% de fevereiro. O grupo de despesas comunicação foi o único que apresentou deflação (queda de preços) em março: -1,16%.

Meta

Na segunda-feira, o mercado financeiro elevou pela 14ª semana consecutiva sua projeção para a alta de preços medida pelo IPCA em 2015. De acordo com o Boletim Focus, a estimativa do grupo de economistas ouvido pela autoridade monetária passou de 8,13% para 8,2%. Há um mês, a previsão para a alta de preços de 2015 era de 7,77%.

No fim do mês passado, o BC disse esperar uma inflação de 7,9% este ano, bastante acima do teto da meta que comporta uma alta de preços de até 6,5%. Para o grupo dos economistas que mais acertam as previsões – chamado Top 5 –, a mediana das previsões para o IPCA de 2015 é ainda maior, e passou de 8,33% para 8,44% esta semana. Para o final de 2016, a mediana das projeções para o IPCA foi mantida em 5,60%. (Com Agências)


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