O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse hoje que a Petrobras precisa “ultrapassar os gargalos” pelos quais passa, em função das investigações decorrentes da Operação Lava Jato, de forma a retomar o cronograma de investimentos da empresa, "importantes, necessários e com impacto para o presente e o futuro" da economia brasileira.
A declaração foi feita após o ministro ter participado de audiência pública na Câmara dos Deputados. “Antes de tudo não podemos misturar a questão do combate à corrupção, que é absolutamente correto e tem de ser feito. Mas não podemos parar uma empresa como a Petrobras, nem os contratos que ela tem”, disse o ministro.
“Espero que se chegue a um acordo de leniência para resolver os problemas das empresas, porque precisamos retomar o cronograma de investimentos importantes e necessários, com impacto no presente e no futuro da economia”, acrescentou.
Braga ressaltou que a estatal não está parada porque ela é “muito maior do que o Pré-Sal”, e que muitas coisas têm sido feitas, apesar dos problemas pelos quais ela passa, tendo como resultado recordes de produção. “Precisamos ultrapassar esses gargalos, punindo a quem tem de se punir”, disse ele.
Durante a audiência, Braga informou que pretende finalizar em maio o Código de Mineração, a fim de que a matéria entre na pauta da Câmara dos Deputados até o início de junho. O ministro não quis comentar a Operação Choque, anunciada hoje pela PF, que prendeu um gestor da Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte) e um parente, suspeitos de usarem uma empresa de fachada para obter vantagens de outras empresas contratadas pela concessionária. “Ainda não tive tempo para me informar sobre ela [Operação Choque]. Portanto, não tenho o que falar”, Eduardo Braga.