A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), ficou em 1,07% em abril deste ano. A taxa é inferior à observada no mês anterior (1,24%), mas superior à registrada em abril de 2014 (0,78%). Apesar da desaceleração frente ao mês anterior, o índice de abril é o maior para o mês desde 2003, quando atingiu 1,14%.
Com o resultado, o índice acumula altas de 4,61% no ano e de 8,22% em 12 meses, bem acima do teto da meta do governo, que é de 6,5% e também a maior alta desde 2004, quando houve avanço de 8,46%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na capital mineira, o IPCA-15 de abril variou 1,05%, ante taxa de 1,16% em fevereiro, o quinto maior resultado entre as 11 áreas pesquisadas. A variação acumulada em 12 meses foi de 7,47%, a maior desde outubro de 2011.
Energia cara
O principal impacto na prévia de abril veio do grupo de despesas habitação, que teve inflação de 3,66%. A energia elétrica ficou 13,02% mais cara em abril, figurando como o maior impacto individual sobre o índice.
A forte elevação refletiu reajustes que passaram a vigorar a partir do dia 2 de março, tanto na bandeira tarifária vigente (vermelha) - que aumentou 83,33%, ao passar de R$ 3,00 para R$ 5,50 - quanto nas tarifas, com a ocorrência de reajustes extraordinários, explicou o IBGE. Em determinadas regiões, o avanço das tarifas superou a taxa média nacional, como em Belo Horizonte (14,28%).
Além da energia, outros itens pressionaram o grupo, com destaque para taxa de água e esgoto (1,05%), artigos de limpeza (0,93%), condomínio (0,87%), gás de botijão (0,82%), aluguel residencial (0,74%), mão de obra pequenos reparos ( 0,74%).
Alimentação e bebidas
O grupo Alimentação e Bebidas avançou 1,04% em abril, menos do que em março, quando a alta foi de 1,22%. Mesmo assim, o grupo teve o segundo maior impacto sobre a inflação, adicionando 0,26 ponto porcentual à elevação de 1,07% neste mês.
Segundo o órgão, foram destaque os aumentos nos preços de cebola (6,72%), alho (6,61%), ovos (5,49%), leite (4,96%), tomate (4,28%) e óleo de soja (3,68%). (Com Agência Estado)