A inflação perdeu força em quatro dos nove grupos investigados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de abril. A maior diferença foi sentida no grupo Transportes, que passou de 1,91% em março para 0,33%, diante de gasolina e etanol mais baratos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os gastos com Saúde e Cuidados Pessoais também aumentaram em ritmo menor, com avanço de 0,44% em abril, após alta de 0,96% em março. A desaceleração ocorreu a despeito do impacto do reajuste nos medicamentos, que levou os remédios a ficarem 0,81% mais caros em média.
O grupo Alimentação e Bebidas também perdeu força (1,22% para 1,04%). Por fim, as despesas com Educação avançaram 0,14% em abril, depois da alta de 0,74% no mês passado.
No sentido contrário, as Despesas Pessoais ganharam força em abril, com alta de 0,57%. Segundo o IBGE, ficaram mais caros serviços bancários (1,32%), empregado doméstico (1,12%) e cabeleireiro (1,07%).
O grupo Vestuário também pressionou o orçamento das famílias, com alta de 0,94%, após ter ficado 0,11% mais barato em março. Já os gastos com Comunicação caíram 0,30%, menos do que a queda de 0,78% observada no mês passado, por conta da despesa 1,18% maior com telefone com internet.
Também ganharam força os grupos Habitação (2,78% para 3,66%), por conta da energia elétrica, e Artigos de Residência (0,44% para 0,68%), informou o IBGE.
Gasolina
A gasolina ficou 0,27% mais barata nos postos em abril, após ter subido 6,68% em março em função de aumento de impostos, informou o IBGE, nesta sexta-feira. A redução contribuiu para a intensa desaceleração do grupo Transportes, que passou da alta de 1,91% no mês passado para elevação de 0,33% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) deste mês.
A queda de 1,64% nos preços do etanol também influenciou. O grupo só não perdeu mais força porque as passagens aéreas ficaram 10,30% mais caras, de acordo com o IBGE. O conserto de automóvel, por sua vez, subiu 0,89%.